"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 27, 2012

AO GOSTO DO 'FREGUÊS' - EMPREGO/DESEMPREGO : o brasil maravilha com "marquetingue" e O REAL SEM MARKETING .

As diferenças entre Caged e a pesquisa do IBGE

Na última quarta-feira, o Ministério do Trabalho anunciou que foram criadas 1,9 milhão de vagas formais em 2011, um número 25% menor do que o de 2010. Apesar da criação de postos de trabalho, o desempenho foi pior.

Ontem, a Pesquisa Mensal de Emprego, calculada pelo IBGE, mostrou que a taxa de desemprego alcançou seu menor patamar desde 2002, 4,7% em dezembro.

A aparente incoerência entre dados do mercado de trabalho não existe. Há diferenças claras entre as duas medições que explicam o número diferente.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged), do Ministério do Trabalho, é um registro administrativo. Mede os contratados com carteira de trabalho assinada e em todo o território nacional.

A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE tem abrangência geográfica menor, só alcançando seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Rio e Porto Alegre). Além disso, investiga o emprego sem carteira assinada e os conta-própria.


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O mercado de trabalho brasileiro bateu todos os recordes em 2011. A taxa de desemprego de dezembro, divulgada ontem pelo IBGE, chegou a 4,7%, a menor desde que começou a série histórica da pesquisa, em março de 2002.

A taxa média anual também foi a menor, 6%, frente a 6,7% de 2010, mesmo com o crescimento menor da economia no ano passado. O rendimento, apesar da inflação mais alta em 2011, teve ganho real de 2,7%, chegando ao seu maior nível: R$1.625,46.

A parcela de empregados com carteira assinada também alcançou seu melhor patamar: 48,5% dos trabalhadores.

- São recordes que vêm acompanhados de aumento na qualidade do trabalho. Em um momento de recessão, pode até haver aumento da ocupação, mas costuma vir acompanhada de informalidade e redução nos rendimentos. Não é o caso - afirmou o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo.

(...)

EUA têm taxa de 8,5%. No Coreia, 3%

Na comparação internacional, o Brasil se destaca, com um nível de desemprego bem inferior ao dos Estados Unidos (8,3%), da zona do Euro (10,3%) e até dos vizinhos Argentina (7,4%) e Chile (7,2%). Mas, na Coreia do Sul, a taxa é bem inferior: 3%.


Brasil Real Sem Marketing :

BRASÍLIA, 24 Jan (Reuters) -

Como reflexo do arrefecimento da atividade econômica, a geração de empregos formais no Brasil recuou pouco mais de 25 por cento em 2011 e ficou abaixo da estimativa do próprio governo, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira.

Depois de fechar 408.172 postos de trabalho em dezembro, o ano terminou com 1.944.560 novos empregos criados com carteira assinada, pior desempenho desde 2009, ano afetado pela crise internacional e quando a abertura superou os fechamentos em 1,398 milhão de postos no Brasil. Em 2010, haviam sido criados pouco mais de 2,6 milhões de novos postos.

A última previsão da pasta era de que seriam abertas 2,4 milhões novas vagas em 2011. Essa expectativa foi deteriorando-se ao longo do ano passado com o agravamento da crise.

O ministério chegou a projetar a abertura de 3 milhões de empregos neste ano.

O ministério informou que o setor que mais contribuiu com a abertura de postos em 2011 foi o de serviços, com 925.537 novos empregos. Em seguida aparecem comércio, com 452.077, e construção civil, com 222.897 postos.

NEGATIVO

O resultado de dezembro é o pior para o mês desde 2009, quando haviam sido fechadas 415.192 vagas.

Tradicionalmente, o último mês do ano são demitidas mais pessoas do que contratadas por conta de entressafra agrícola, término do ciclo escolar, e queda no consumo no final do ano.

Entre os 25 setores analisados pelo Ministério, houve mais contratações do que demissões em dezembro apenas entre instituições financeiras, serviços médicos e odontológicos, e extrativa mineral.

As maiores quedas do emprego ocorreram nos setores de indústria de Transformação, com fechamento de 146.004 postos, e serviços, com um saldo negativo de 84.096 empregos.

Até 2008, a média mensal no último mês do ano era de cerca de 300 mil fechamentos de postos de trabalho fechados.

Em dezembro de 2008, foram cortados 655 mil postos. Desde então, os saldos negativos passaram a superar a casa de 400 mil.

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