"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 20, 2011

BC : pela primeira vez em uma década, os investimentos produtivos não devem cobrir o déficit em conta corrente em 2012.

A crise internacional já começa a pesar sobre o balanço de pagamentos brasileiros. Além de registrar o pior déficit em transações correntes da história, o Banco Central revisou suas projeções e indicou que, pela primeira vez em uma década, os investimentos produtivos não devem cobrir o déficit em conta corrente em 2012.

Em novembro, o Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,803 bilhões de dólares, enquanto o investimento estrangeiro direto (IED) foi de 4,056 bilhões de dólares no mês passado.

Em 12 meses até novembro, o déficit representa 2,02 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).


O resultado em novembro ficou em linha com a previsão de analistas, de 6,8 bilhões de dólares.

O Banco Central revisou para baixo sua projeção de déficit em transações correntes deste ano de 54 bilhões de dólares para 53 bilhões de dólares, segundo nota divulgada nesta terça-feira.

Para 2012, a autoridade monetária prevê que o saldo ficará negativo em 65 bilhões de dólares.

Sobre o Investimento Estrangeiro Direto (IED), o BC elevou a estimativa deste ano de 60 bilhões de dólares para 65 bilhões de dólares, enquanto para 2012 espera que o IED some 50 bilhões de dólares.

O Banco Central prevê que o superávit comercial do ano que vem ficará em 23 bilhões de dólares, com exportações de 267 bilhões de dólares e importações de 244 bilhões de dólares.

A previsão de investimentos brasileiros no exterior em 2011 subiu de 24,7 bilhões de dólares, para 26 bilhões de dólares. Para o ano que vem, a estimativa é que fique em 25,6 bilhões de dólares.

(Reuters) -
(Por Tiago Pariz; Edição de Hélio Barboza e Alexandre Caverni)

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