"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 09, 2011

FACA DE DOIS GUMES : APOSENTADOS DEVEM MAIS.

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não estão preocupados em fazer economia ou estão mesmo precisando de dinheiro.

Em setembro, mês em que foi paga metade do 13º salário, eles voltaram a contrair mais empréstimos com desconto em folha (crédito consignado).

O volume de recursos contratados havia caído em agosto, mas, no mês seguinte, mesmo com dinheiro no bolso, os segurados voltaram a demandar uma quantidade maior de recursos e os valores subiram.

Segundo dados divulgados pela Previdência Social, as operações de crédito consignado realizadas por aposentados e pensionistas do INSS atingiram R$ 2,3 bilhões em setembro, quase 20% a mais que o financiamento obtido no mesmo mês um ano antes, que foi da ordem de R$ 1,9 bilhão.

Em relação a agosto, quando foram firmados contratos no valor de R$ 2,2 bilhões, o aumento foi de 3,41%.

Baixa renda
Quem mais buscou financiamento bancário foi o segurado de baixa renda, cujo benefício mensal corresponde ao piso salarial do país.

Eles foram responsáveis por 391,3 mil contratos no valor de R$ 879 milhões.
Em média, cada novo empréstimo comprometeu R$ 2,8 mil do orçamento familiar.

Os segurados na faixa salarial entre um e três salários mínimos fecharam 225,1 mil operações de crédito no mês, no valor total de R$ 729 milhões.
Em média, cada um deles aumentou sua dívida bancária em R$ 3,9 mil.

Já os segurados com renda acima de três salários mínimos assinaram 134,5 mil novos contratos de crédito consignado no valor de R$ 754 milhões.
O valor médio de cada contrato foi de R$ 6,3 mil.

Quase 87% dos novos empréstimos foram parcelados entre 49 a 60 meses, o que significa que os aposentados e pensionistas vão ficar com parte do salário mensal comprometido.

Vânia Cristino Correio Braziliense

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