Ante o agravamento da economia mundial, parece que o governo brasileiro decidiu optar por um discurso otimista quanto à capacidade do País de enfrentar com tranquilidade a tempestade.
A presidente Dilma Rousseff deu o tom, seguida por diversos ministros, mas, certamente, as declarações mais importantes - e preocupantes - foram as do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, em palestra para o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças.
Após expor a política industrial que está dando à instituição, Luciano Coutinho considerou necessário avisar que "o BNDES chegou a um ponto que não é sensato se agigantar mais" e que um dos desafios importantes da economia brasileira é desenvolver alternativas de financiamento de médio e de longo prazos. Reconheceu, porém, que a necessidade de o Banco Central (BC) elevar os juros tem frustrado esse objetivo.
No entanto, na sua visão, apesar da crise internacional, a economia brasileira tem boa perspectiva de crescimento. Os bancos, segundo o presidente do BNDES, adotarão um comportamento diferente do adotado em 2008, não congelando o fluxo de empréstimos para empresas e famílias, uma vez que o Brasil tem um vasto mercado interno e será um dos poucos países atraentes para os investimentos estrangeiros.
Segundo Coutinho, caberá aos países emergentes evitar pisar no freio e, no Brasil, é possível que possa até ocorrer uma alteração de prioridades na gestão fiscal, esclarecendo que "não é mais sensato pensar em subidas adicionais da Selic", uma vez que a curva de juros no Brasil embute a ideia de que o BC vai baixar essa taxa mais cedo do que se espera.
O presidente do BNDES tece um prognóstico otimista sobre a evolução da economia brasileira num mundo em crise, mas discorda dos meios utilizados até agora para evitar uma volta da inflação.
Ora, basta dizer que só o aumento do salário mínimo em 2012 trará gasto extra de R$ 51 bilhões para o governo, que o Brasil vai enfrentar dificuldades para obter recursos externos, cujos custos aumentarão, enquanto, mesmo admitindo uma indústria mais competitiva - que as medidas recém-tomadas estão longe de assegurar -, teremos uma queda de nossas exportações para países em crise, ao passo que o preço das commodities baixará, à exceção talvez dos de produtos agrícolas.
É diante desse quadro que o presidente do BNDES prega o fim de uma política monetária austera e uma expansão do crédito.
Estadão
A presidente Dilma Rousseff deu o tom, seguida por diversos ministros, mas, certamente, as declarações mais importantes - e preocupantes - foram as do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, em palestra para o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças.
Após expor a política industrial que está dando à instituição, Luciano Coutinho considerou necessário avisar que "o BNDES chegou a um ponto que não é sensato se agigantar mais" e que um dos desafios importantes da economia brasileira é desenvolver alternativas de financiamento de médio e de longo prazos. Reconheceu, porém, que a necessidade de o Banco Central (BC) elevar os juros tem frustrado esse objetivo.
No entanto, na sua visão, apesar da crise internacional, a economia brasileira tem boa perspectiva de crescimento. Os bancos, segundo o presidente do BNDES, adotarão um comportamento diferente do adotado em 2008, não congelando o fluxo de empréstimos para empresas e famílias, uma vez que o Brasil tem um vasto mercado interno e será um dos poucos países atraentes para os investimentos estrangeiros.
Segundo Coutinho, caberá aos países emergentes evitar pisar no freio e, no Brasil, é possível que possa até ocorrer uma alteração de prioridades na gestão fiscal, esclarecendo que "não é mais sensato pensar em subidas adicionais da Selic", uma vez que a curva de juros no Brasil embute a ideia de que o BC vai baixar essa taxa mais cedo do que se espera.
O presidente do BNDES tece um prognóstico otimista sobre a evolução da economia brasileira num mundo em crise, mas discorda dos meios utilizados até agora para evitar uma volta da inflação.
Ora, basta dizer que só o aumento do salário mínimo em 2012 trará gasto extra de R$ 51 bilhões para o governo, que o Brasil vai enfrentar dificuldades para obter recursos externos, cujos custos aumentarão, enquanto, mesmo admitindo uma indústria mais competitiva - que as medidas recém-tomadas estão longe de assegurar -, teremos uma queda de nossas exportações para países em crise, ao passo que o preço das commodities baixará, à exceção talvez dos de produtos agrícolas.
É diante desse quadro que o presidente do BNDES prega o fim de uma política monetária austera e uma expansão do crédito.
Estadão
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