O ex-presidente do TCU deixa a função compulsoriamente ao completar 70 anos, no segundo semestre.
Mas, desde já, pelo menos dez deputados da base governista se digladiam para sentar em sua cadeira. E o que atrai não são bem as pilhas de planilhas de gastos e projetos técnicos de obras públicas, mas o emprego vitalício, com salário de R$25 mil, aposentadoria integral, férias de dois meses por ano, carro oficial, cota de passagens de cerca de R$50 mil por ano e assessoria do mais completo corpo técnico da República.
Pela Constituição, os nove ministros do TCU devem ter idoneidade moral, reputação ilibada e notório saber jurídico e técnico para exercer o cargo, com experiência de no mínimo dez anos nessa área.
A vaga de Ubiratan Aguiar, ex-deputado pelo PSDB do Ceará, é, por direito, preenchida por um escolhido pela Câmara dos Deputados.
- Só na base governista há dez candidatos disputando a vaga. A oposição não deve apresentar candidatos - diz o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Apenas deputados de base governista estão na briga
Desses dez candidatos, é a deputada Ana Arraes (PSB-PE), filha do lendário Miguel Arraes e mãe do governador Eduardo Campos (PE), quem sai na frente. Além do peso do filho cabo eleitoral, seus aliados dizem que ela é a preferida da presidente Dilma Rousseff, inclusive por sua proximidade com Eduardo Campos.
- O governador Eduardo Campos nem está articulando muito, não. A deputada Ana Arraes é a favorita. Já chega na disputa bem credenciada para o cargo. Filha de quem é, e mãe de quem é... - diz um dos aliados da deputada pernambucana.
No páreo, estão também os deputados Sérgio Carneiro (PT-BA), que tem apoio da bancada petista;
Osmar Serraglio (PMDB-PR);
Jovair Arantes(GO), líder do PTB;
Fátima Pelaes (PMDB);
Átila Lins (PMDB);
Damião Feliciano (PDT-PB);
Milton Monti (PR-SP)
e José Rocha (PR-BA).
Aldo Rebelo (PCdoB-SP) teria retirado seu nome.
- Vamos reunir a bancada até o dia 15 de agosto e o mais votado entre os três do PMDB será o nome do partido. Depois, os líderes da base vão resolver quem vai para a votação no plenário - diz o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que a base tentará encontrar um nome de consenso para a vaga do TCU.
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