"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 26, 2011

COM A "PRESIDENTA" O BRASIL SEGUE "MUDANDO" : Piora a projeção do mercado para a inflação em 2012, aponta pesquisa

O mercado ficou mais pessimista quanto à variação dos preços em 2012. Enquanto o Banco Central (BC) promete levar a inflação de volta ao centro da meta ainda no primeiro semestre do próximo ano, piorou a projeção para o IPCA de 2012 das 110 instituições financeiras ouvidas semanalmente para o boletim Focus do BC, passando de 5,2% para 5,28%.

Há um mês, a inflação estimada era de 5,15%. Por isso, esperam também juros altos por um período mais longo, o que elevou a Taxa Selic esperada para dezembro de 2012 de 12,63% para 12,75% ao ano.


Integrantes da área econômica disseram que a mudança nas expectativas do mercado em relação à inflação para 2012 não preocupa por não se tratar de uma tendência generalizada.

Apenas 11 instituições ouvidas pelo BC na pesquisa Focus teriam aumentado as suas projeções para a inflação do ano que vem, contra oito que baixaram. As outras 91 mantiveram inalterados os números em relação à última semana.


Para este ano, a projeção para a inflação ficou estacionada em 6,31%, bem como para a Selic, a 12,75% em dezembro, ou seja, com mais uma alta de 0,25 ponto percentual.

O mercado está em compasso de espera da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), depois de amanhã, para entender melhor o rumo da política monetária, após mudança no tom do comunicado do colegiado após a reunião.


- O boletim Focus enxerga no curto prazo. O importante é que alguns preços já estão dados para este ano e, por isso, já se pode saber com certa margem de segurança o que pode acontecer até o fim deste ano, se nada mudar nos preços das commodities - disse o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes.

Mas o cenário internacional, segundo ele, é incerto e não permite saber se o BC voltará a subir os juros.

A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 3,94% para 2011 e em 4% para 2012. Para o dólar, o mercado segue contando com uma taxa de R$1,60 no fim deste ano.

Vivian Oswald O Globo

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