"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 04, 2011

BRASIL : POUPANÇA INTERNA E DEPENDÊNCIA EXTERNA.


Sem poupança interna suficiente para bancar o seu crescimento, em 2010, a necessidade de financiamento da economia brasileira quase dobrou.
Resultado de compras e importações voltadas ao consumo e à produção, houve um aumento de R$ 56,9 bilhões registrados em 2009 para R$ 97,7 bilhões apurados no ano passado. Nem o mercado nem o governo esperavam tanto.


Alessandra Ribeiro, sócia da Tendência Consultoria, disse que, apesar da elevação bilionária de um ano para o outro, nada indica que o país perderá as rédeas do fluxo de capitais estrangeiros.
“O crescimento das importações em 2011 será bem mais modesto do que foi no período anterior”, justificou.


No mercado, porém, as opiniões divergem um pouco.
Parte dos analistas acredita que a evolução dessa conta, que mostra certa dependência do Brasil em relação ao investidor internacional, deve sempre ser levada em consideração.
Em especial porque as previsões do ano passado passaram longe do alvo.


E mais:
todas as vezes que o Brasil entrou em crise, o origem veio do rombo das contas externas, que, em 2010, encostou nos US4 50 bilhões, o maior desde 1947, quando o Banco Central passou a fazer esse tipo de levantamento.


O desajuste foi agravado pela forte valorização do real frente ao dólar, que não só estimulou o avanço das compras externas em ritmo muito mais elevado do que o das vendas, como inflou as captações de recursos pelas empresas e bancos, dinheiro que sustentou o crédito ao consumo e os investimentos produtivos.

Para 2011, os analistas prevêem que a necessidade de financiamento do país ficará em 0,5% do PIB.

Luciano Pires Correio Braziliense

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