"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 11, 2011

SEM PETROBRAS, DESPESA REAL VAI SUBIR 3,7% ESTE ANO .

Ao contrário do que publicou ontem o Valor, as despesas do governo federal em 2011, após o corte anunciado na quarta-feira, vão crescer 3,7% em termos reais, ante os gastos feitos no ano passado.

A despesa primária (sem o pagamento de juros) projetada pelo governo para este ano, depois do corte de R$ 50 bilhões, soma R$ 719,9 bilhões, o que representa aumento nominal de 2,8% sobre os gastos de 2010, que ficaram em R$ 700,1 bilhões, e uma queda real de 2,6%.

O problema é que a despesa deste ano não pode ser comparada com a executada no ano passado por causa da capitalização da Petrobras.
Nesta operação, o governo realizou a cessão onerosa de 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal à Petrobras por R$ 74,8 bilhões.

Deste total, utilizou R$ 42,9 bilhões para subscrever as ações da estatal.
Essa receita e essa despesa precisam ser excluídas do cálculo para que a comparação entre 2010 e 2011 não fique distorcida.

Assim, com a exclusão da despesa de subscrição das ações da Petrobras, as despesas primárias da União no ano passado passariam para R$ 657,2 bilhões.
A despesa projetada para este ano de R$ 719,9 bilhões representa um aumento nominal de 9,5% em relação aos R$ 657,2 bilhões e real de 3,7%, utilizando-se o deflator do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,6% estimado pelo governo.

Valor Econômico

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