"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 22, 2011

E O BRASIL REAL "CONTINUA MUDADNDO" : INFLAÇÃO RESISTENTE E DISSIMINADA.

O IBGE divulgou hoje a inflação de fevereiro medida pelo IPCA-15.
O culpado, desta vez, não foi alimento, mas educação, que sempre sobe nessa época do ano. A alta de 0,97% derruba a esperança de que no primeiro trimestre a inflação acumulada pudesse cair.
Em 12 meses, o IPCA-15 subiu para 6,08%, bem perto do teto da meta.


Os dados mostram que é uma inflação resistente, provocada por várias razões: alimentos, crescimento do consumo, serviços.
Está disseminada na economia, não há um fator apenas.
Mesmo com a queda de alguns alimentos, como feijão, batata, arroz, a inflação não deu um refresco, porque a educação entrou e puxou a alta.

É uma inflação que preocupa, porque não é simples, não tem uma explicação só. Infelizmente, temos vivido uma dualidade:
de um lado, os ministérios gastadores, de outro, o BC fazendo a política de elevar a taxa de juros.


O corte de R$ 50 bilhões não convenceu.
O governo está criando outras formas de gastar, fora do orçamento, o que é perigoso.
E vai continuar atacando a inflação apenas pelo BC, que pode ter a amarga tarefa de elevar de novo a taxa de juros.


Inflação de serviços tem a maior alta em 15 anos

A inflação de serviços continua sendo uma preocupação porque vem aumentando muito. Em fevereiro, pelo IPCA-15, divulgado hoje pelo IBGE, essa inflação subiu 2,34%, a maior alta desde fevereiro de 1996, por conta do aumento forte do grupo educação.

Com isso, a inflação de serviços acumulada em 12 meses continuou aumentando, passando de 7,94% para 8,36%, a taxa mais alta desde agosto de 1997.

Valéria Maniero/Globo

Nenhum comentário: