"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 14, 2011

DIFÍCIL INFLAÇÃO EM 12 MESES BAIXAR DE 6%.

A inflação em 12 meses continuará rondando a casa dos 6%; dependendo do mês, um pouco mais acima ou mais abaixo desse patamar, até atingir o teto da meta em julho. No mês seguinte, ela ultrapassaria os 6,5%, ao ficar em 6,75%.
Essas são as previsões do economista Elson Teles, da Máxima Asset.

Como a demanda ainda está muito aquecida, ele acha que os serviços continuarão pressionando o IPCA, além dos alimentos.
A alta também é explicada em parte pela base de comparação baixa, já que entre junho e agosto do ano passado, depois de subir muito no começo do ano, a inflação mensal ficou próxima de zero.
Segundo o último dado divulgado, o IPCA acumulado está em 5,91%.

- Ao longo do ano, vai ser duro baixar de 6% a inflação em 12 meses.
A retirada dos estímulos, o aperto monetário e o ajuste fiscal, em tese, devem fazer efeito sobre a atividade.
Mas com o mercado de trabalho aquecido e um ambiente de demanda ainda crescendo acima da oferta, mesmo com as medidas para contê-la, será difícil.
Além da pressão interna, há a externa também, por conta do aumento dos preços das commodities agrícolas.
Para 2011, não tem jeito, é rezar para que a inflação não ultrapasse o teto da meta no fechamento do ano - diz o economista.

Teles acha que nos quatro últimos meses do ano, a inflação em 12 meses poderá cair um pouco para perto de 5,7%, se os alimentos pressionarem menos.
Mas para isso acontecer, é preciso combinar com as commodities, que não param de subir por vários fatores.

- Não tem nada ajudando, como câmbio, queda das matérias-primas, e a atividade continua aquecida. O máximo a fazer é conter a demanda para evitar que a inflação fuja do controle - afirma Teles.

Segundo o boletim Focus, divulgado hoje pelo BC, o mercado espera que o IPCA feche 2011 em 5,75%, bem acima do centro da meta (4,5%).

Valeria Maniero/Globo

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