"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 12, 2011

EXPECTATIVA DA SELIC(ELEVAÇÃO), EMPRÉSTIMOS CAROS E AUMENTO DO CALOTE

Em função do aumento do calote e da esperada elevação da taxa básica de juros da economia (Selic), o consumidor deve pagar crédito mais caro em 2011.
A inadimplência cresceu 6,3% no ano passado em relação a 2009, segundo o Indicador Serasa Experian.


A alta foi maior do que a verificada em 2009 (5,9%), ano com fortes impactos da crise financeira no país.
“O reflexo de tudo isso é que o valor cobrado pelo crédito deve subir, já que a inadimplência representa 32% na formação da taxa de juros”, afirma Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa.


A falta de compromisso para honrar pagamentos, segundo Almeida, ocorreu principalmente em função dos prazos mais alongados de financiamento, em setores como móveis e automóveis.

Além disso, o aumento da inflação contribuiu para reduzir o poder aquisitivo, afetando parte da renda destinada ao pagamento de dívidas.

“Com isso, o consumidor entra em 2011 mais endividado. Nos primeiros três meses, a taxa deve ser superior à do ano passado”, observa.


A perspectiva para este início de 2011 é de que o aperto na política monetária para controlar a inflação, pagamento de impostos (IPTU e IPVA) e despesas escolares aumentem a inadimplência.
Quando comparado dezembro de 2010 ao mesmo mês de 2009, a alta do calote foi de 20,9%. Frente a novembro, o salto ficou em 1,1%.


As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras e serviços) avançaram 2,4% de novembro para dezembro, contribuindo com 0,9 ponto percentual para o indicador.
Os cheques devolvidos por falta de fundos cresceram 3,5% no mês, com uma contribuição de 0,4 ponto.


Geórgea Choucair/Daniel Camargos/Correio

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