"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 27, 2010

FIM DO MST E BOLSA FAMÍLIA ?

A poucas semanas do aniversário de 25 anos do fim da ditadura militar que governou o Brasil por duas décadas, o ex-soldado e hoje advogado Mário de Oliveira Filho prepara-se para lançar o programa de governo de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo Partido Trabalhista do Brasil, o PTdoB.

O documento de 89 páginas é uma compilação de propostas e conceitos ideológicos polêmicos que, antes mesmo de ser divulgado oficialmente, tem aglutinado em torno do pré-candidato simpatizantes do golpe de 1º de abril de 1964, militares da ativa e da reserva, policiais que tiveram participação direta nos órgãos de repressão e empresários que admiram a história e a capacidade intelectual de Oliveira, um filho de ferroviário que atingiu o auge de sua carreira como executivo da área internacional da Construtora Norberto Odebrecht.

Oliveira tem cativado a atenção desse grupo heterogêneo por defender posições marcadamente conservadoras.

Entre suas principais propostas está a implantação imediata da pena de morte, da prisão perpétua, o fim do ensino público gratuito, a extinção das cotas para negros e índios nas universidades federais e a manutenção da jornada de trabalho de 44 horas.

“Vivemos uma situação de guerra.
Essa alternativa é para acabar já com a violência que tomou conta do País”, diz Oliveira. “Governarei sob o império da lei.”

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O pré-candidato do PTdoB também é contra o principal programa de distribuição de renda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família.

Para ele, é um erro grave do governo conceder benefícios financeiros a pessoas que não trabalham.
“Vou colocar esse pessoal para trabalhar em frentes de reflorestamento que pretendo abrir no Nordeste.”

Em seu governo a reforma agrária seria extinta e o MST seria tratado como uma quadrilha.

“Não há necessidade de reforma agrária no Brasil e o MST é composto por bandidos”, afirma ele, pausadamente, em um tom de voz sereno.

As propostas de Oliveira têm encontrado eco junto a uma parcela da população brasileira que não se vê mais representada pela crescente polarização partidária do cenário político brasileiro.

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