"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 31, 2009

UMA REDAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO EM JOINVILLE


Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de ensino. O título recomendado pela professora foi “Daí pão a quem tem fome”. O primeiro lugar foi conquistado por uma aluna de 14 anos de idade.

Ela se inspirou na letra do Hino Nacional Brasileiro, para redigir um lindo texto, que demonstra que os brasileiros verdes e amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido do patriotismo.

“Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar”:
 

O que houve, meu Brasil brasileiro? – perguntei-lhe!

E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas:

- Estou sofrendo, vejam o que estão fazendo comigo...
Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.
Meu povo era heróico e seus brados retumbantes.
O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada.
 

Havia paz no futuro e glória no passado.
Nenhum filho meu fugia a luta.
Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.

E era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro da minha flâmula.

E não suportando as chorosas queixas do Brasil, saí de casa e fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandesce no lábaro que o nosso País ostenta estrelado.

Pensei... 

poderemos salvar esse País sem braços fortes? 
Pensei mais... 
quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz? 
Voltei à sala mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido”. 

Esse texto nos remete a uma reflexão séria quanto o nosso papel na sociedade.
“UM FILHO SEU NÃO FOGE À LUTA"


 Lamentável na publicação original a omissão de dados e créditos à autora deste texto .