"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 14, 2009

GOVERNO/LULA - NA CAÇA(COMPRA) DE VOTOS




Governo acelera negociações para 'pular' polêmicas em ano eleitoral Planalto já fechou, por exemplo, acordos salariais com 1,4 milhão de servidores, livrando Dilma de pendências 
O empenho do Palácio do Planalto para limpar o ano eleitoral de problemas políticos e administrativos é tão grande que o governo adotou a tática de "pular 2010" no calendário das agendas de negociações polêmicas do Executivo e do Legislativo.


Além de patrocinar acordos salariais com 1,4 milhão de funcionários públicos, tirando pendências e reivindicações do caminho da ministra e pré-candidata Dilma Rousseff (Casa Civil) durante a campanha presidencial, o governo mandou ampliar o alcance das negociações em estatais e empresas públicas.


A estratégia é negociar todos os reajustes salariais de 2010 antes de o ano começar, ao mesmo tempo em que, no Congresso, os governistas trabalham para enterrar formalmente as CPIs mortas-vivas (da Petrobrás, das ONGs e do MST) e apressar projetos que ajudam no discurso eleitoral - como os do pré-sal.


Na ofensiva dupla do Planalto, ou se fecham acordos bianuais, ou se empurram com a barriga soluções que possam interessar à oposição.

O governo tentou até que bancos públicos fechassem um acordo conjunto para este e o próximo ano, como revela o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), de olho na data-base dos bancários, em setembro, bem às vésperas da eleição de 3 de outubro.

Irritado com a recusa do Banco do Brasil em fechar 2010 agora, o ministro adverte que, se o objetivo da negativa foi pressionar o governo na reta final da campanha, os bancários não terão sucesso.

"A mobilização não influenciará o resultado da eleição", aposta o ministro do Planejamento.

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