"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 06, 2009

TOFFOLI EM AÇÃO


Toffoli pede vista e adia o envio de Azeredo à grelha

Fotos: Folha

Um pedido de vista do recém-chegado ministro José Antonio Dias Toffoli adiou, nesta quinta (5), a decisão do STF sobre o tucanoduto.
 
Toffoli pediu tempo para analisar o processo depois que o relator Joaquim Barbosa concluiu a leitura do seu voto.
 
O senador questiona a autenticidade do papel na Justiça. Diz que o papel é "falso". Seu advogado, José Gerardo Grossi, mencionou o fato no plenário do STF.
 
Daí o pedido de vista de Tofolli. Joaquim argumentou que o recibo é apenas um dos indícios. Lembrou que há muitos outros. Mas Toffoli manteve o pedido.


Joaquim disse que o processo flerta com a prescrição. Contraditando-o, o ministro Marco Aurélio Mello disse que o risco inexiste.
 
Marco Aurélio lembrou que os prazos que levariam à prescrição foram suspensos no instante em que o Ministério Público formulou sua denúncia, em 2007.
 
Toffoli não tem prazo para devolver o processo ao plenário. Assim, adiou-se por tempo indeterminado o envio de Azeredo à grelha.
 
Para que a denúncia se converta em ação penal é preciso que pelo menos cinco ministros concordem com o voto do relator Joaquim Barbosa.
 
Nesta quinta (5), antes do início da sessão do STF, Azeredo foi aos holofotes para reivindicar, por assim dizer, o mesmo tratamento dispensado a Lula no processo do mensalão.
 
A exemplo do presidente, o senador tucano alega que "não sabia" das ilegalidades praticadas ao seu redor. Assim, não acha razoável que o acomodem no banco dos réus.
 
Devagarinho, o "não sabia" vai virando um lema do Brasil dos homens públicos.


Blog do Josias Souza