A ofensiva do PMDB, com o aumento da pressão por mudanças na articulação política do governo, levou líderes petistas a já admitirem a substituição do ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, do PT.
Trata-se de uma ação preventiva do PT, uma vez que os peemedebistas, agora fortalecidos pela crise Palocci, podem reivindicar o posto com o qual sempre sonharam.
Em outra ponta, o esforço pela reaproximação entre o governo e o PMDB conseguiu barrar, pelo menos por enquanto, o aumento da dissidência no partido em favor da criação da CPI para investigar o aumento do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil.
Dos oito senadores peemedebistas do chamado grupo independente que avaliavam a conveniência de assinar o requerimento da CPI, apenas Roberto Requião (PMDB-PR) decidiu ontem dar seu aval para a investigação.
- É inexplicável essa consultoria de um médico a bancos. Eu mesmo briguei sete anos com o Banco Itaú por causa de uma questão do Paraná e só agora descobri que o consultor do banco era o Palocci. Não tem cabimento - justificou Requião.
Ele comunicou sua decisão no jantar promovido anteontem pelo vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, com a bancada de senadores do PMDB. Hoje, o mesmo grupo tem almoço marcado com Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, quando os problemas da coordenação política do governo serão abordados, se a presidente abrir espaço para esse debate.
G-8 decide esperar novas explicações de Palocci
Quanto à proposta da oposição de criar uma CPI para investigar as suspeitas sobre as atividades de Palocci como consultor, os senadores peemedebistas do grupo independente, o chamado G-8, decidiram esperar as novas explicações do ministro cobradas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Nos bastidores, porém, a avaliação quase unânime da bancada do PMDB é que Palocci não conseguirá se sustentar no cargo.
- O governo vai ter que trocar o fusível para não queimar a instalação toda - advertiu um deles.
No jantar, os senadores aproveitaram também para tratar de um pleito concreto a ser levado a Dilma hoje:
a redução dos juros das dívidas dos estados, reivindicação já feita por vários governadores, inclusive os do PT.
Adriana Vasconcelos, Maria Lima e Isabel Braga O Globo
Trata-se de uma ação preventiva do PT, uma vez que os peemedebistas, agora fortalecidos pela crise Palocci, podem reivindicar o posto com o qual sempre sonharam.
Em outra ponta, o esforço pela reaproximação entre o governo e o PMDB conseguiu barrar, pelo menos por enquanto, o aumento da dissidência no partido em favor da criação da CPI para investigar o aumento do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil.
Dos oito senadores peemedebistas do chamado grupo independente que avaliavam a conveniência de assinar o requerimento da CPI, apenas Roberto Requião (PMDB-PR) decidiu ontem dar seu aval para a investigação.
- É inexplicável essa consultoria de um médico a bancos. Eu mesmo briguei sete anos com o Banco Itaú por causa de uma questão do Paraná e só agora descobri que o consultor do banco era o Palocci. Não tem cabimento - justificou Requião.
Ele comunicou sua decisão no jantar promovido anteontem pelo vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, com a bancada de senadores do PMDB. Hoje, o mesmo grupo tem almoço marcado com Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, quando os problemas da coordenação política do governo serão abordados, se a presidente abrir espaço para esse debate.
G-8 decide esperar novas explicações de Palocci
Quanto à proposta da oposição de criar uma CPI para investigar as suspeitas sobre as atividades de Palocci como consultor, os senadores peemedebistas do grupo independente, o chamado G-8, decidiram esperar as novas explicações do ministro cobradas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Nos bastidores, porém, a avaliação quase unânime da bancada do PMDB é que Palocci não conseguirá se sustentar no cargo.
- O governo vai ter que trocar o fusível para não queimar a instalação toda - advertiu um deles.
No jantar, os senadores aproveitaram também para tratar de um pleito concreto a ser levado a Dilma hoje:
a redução dos juros das dívidas dos estados, reivindicação já feita por vários governadores, inclusive os do PT.
Adriana Vasconcelos, Maria Lima e Isabel Braga O Globo
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