A Secretaria de Comércio Exterior divulgou na semana passada o saldo comercial com um superávit de 2,4 bilhões de dólares em junho, o maior do ano — um resultado vistoso para o período que o pais vive.
Segundo a Secex, o Brasil exportou no mês passado 21,2 bilhões de dólares. Tal resultado, contudo, é fruto de um artifício. Para alcançá-lo, o governo enfiou no item “exportação de manufaturados” a venda de uma plataforma para extração de petróleo, a P-63, por 1,6
bilhão de reais.
A plataforma teria sido exportada pela Petrobras para a subsidiária da estatal no Panamá — isso de acordo com a Secex. Só que a plataforma nunca saiu do Brasil.
No dia 18 de junho, a P-63 partiu de um estaleiro em Rio Grande (RS) em direção à Macaé (RJ). Ainda está em mares brasileiros e começará a operar na Bacia de Campos em setembro.
bilhão de reais.
A plataforma teria sido exportada pela Petrobras para a subsidiária da estatal no Panamá — isso de acordo com a Secex. Só que a plataforma nunca saiu do Brasil.
No dia 18 de junho, a P-63 partiu de um estaleiro em Rio Grande (RS) em direção à Macaé (RJ). Ainda está em mares brasileiros e começará a operar na Bacia de Campos em setembro.
Foi, portanto, uma exportação feita apenas no papel. Assim, um superávit de 784 milhões de dólares engordou artificialmente para 2,4bilhões de dólares.
Segundo a Petrobras, a operação é legal, amparada por um regime aduaneiro especial. O.k., mas foi usada como técnica de ilusionismo para
lustrar o saldo da balança comercial.
(Atualização, às 14h28. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior enviou o seguinte complemento, que em nenhum momento desmente a nota acima: “Esta operação foi realizada ao amparo do regime do REPETRO – Regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e de gás.A apuração estatística da referida operação na exportação brasileira está em concordância com as recomendações das Nações Unidas de metodologia e produção estatística de comércio exterior, da qual o Brasil é signatário. A instituição do REPETRO tem por objetivo conferir maior competitividade à indústria nacional no fornecimento de equipamentos/montagem para a exploração e produção de petróleo e gás natural, o que permitirá também o domínio da tecnologia nesse importante segmento econômico e a geração de emprego e renda no país”)
Segundo a Petrobras, a operação é legal, amparada por um regime aduaneiro especial. O.k., mas foi usada como técnica de ilusionismo para
lustrar o saldo da balança comercial.
(Atualização, às 14h28. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior enviou o seguinte complemento, que em nenhum momento desmente a nota acima: “Esta operação foi realizada ao amparo do regime do REPETRO – Regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e de gás.A apuração estatística da referida operação na exportação brasileira está em concordância com as recomendações das Nações Unidas de metodologia e produção estatística de comércio exterior, da qual o Brasil é signatário. A instituição do REPETRO tem por objetivo conferir maior competitividade à indústria nacional no fornecimento de equipamentos/montagem para a exploração e produção de petróleo e gás natural, o que permitirá também o domínio da tecnologia nesse importante segmento econômico e a geração de emprego e renda no país”)
Por Lauro Jardim/Veja.com : Contabilidad criativa