A caderneta de poupança registrou um resgate líquido de R$ 1,301 bilhão em maio. Este foi o maior volume de resgate líquido para um mês de maio desde 2006, conforme os dados divulgados nesta segunda-feira (6) do Banco Central.
As retiradas somaram R$ 108,706 bilhões, enquanto os depósitos totalizaram R$ 107,404 bilhões.
Já o saldo das cadernetas de poupança fechou o mês de maio em R$ 386,151 bilhões.
No ano, esta é a terceira vez que a poupança fica negativa. A primeira ocorreu em fevereiro, quando a captação havia ficado negativa em R$ 745,273 milhões. Em março, esse saldo havia tido mais depósito do que saques, deixando a poupança positiva em R$ 307,423 milhões.
Em abril, o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) voltou a fechar no vermelho, com R$ 1,762 bi a mais de saques do que de depósitos.
Nos cinco meses entre janeiro e maio, esse saldo ficou negativo em R$ 1,925 bilhão. Os saques, nestes cinco meses, somaram R$ 393,415 bilhões, enquanto os depósitos ficaram na casa dos R$ 391,490 bi.
O brasileiro poupou menos no primeiro trimestre deste ano. As retiradas de dinheiro na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 162 milhões entre janeiro e março de 2011.
Trata-se da maior “perda” de recursos para o período desde 2009, quando R$ 592 milhões saíram da poupança. No mesmo trimestre do ano passado, os depósitos na caderneta superaram os saques em R$ 4,24 bilhões.
Como funciona a poupança?
A poupança é uma forma de guardar o dinheiro e manter o seu valor corrigido, sem correr risco. É a aplicação mais simples do país. O rendimento é recebido uma vez por mês, na data de aniversário da caderneta.
A rentabilidade é de 0,5% ao mês, mais a variação da TR (Taxa Referencial). O capital é garantido até o valor de R$ 60 mil por meio do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Sobre os ganhos não é cobrado imposto.
Agência Estado