Ontem, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou a terceira leitura do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) também em janeiro e o resultado confirmou aceleração de 1,06% para 1,18%, puxada por Educação e Transportes.
Esse avanço, combinado com a primeira alta da projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012 de 4,50% para 4,54%, medido pela pesquisa Focus, incentivou mais uma rodada de alta dos juros futuros.
Os indicadores de preços referentes a janeiro também poderão afetar o comportamento dos juros, mas sem necessariamente revelar o quanto a inflação oficial está deteriorada.
E, nesse sentido, a ata do Copom pode ser mais reveladora, caso o BC indique claramente, como se espera, que o balanço de riscos piorou.
Hoje, feriado em São Paulo que comemora seu aniversário, as bolsas de valores e futuros estarão fechadas. Amanhã, quando os pregões forem retomados, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA-15, considerado prévia da inflação oficial (IPCA) - referência do regime de metas para inflação no Brasil.
Na quinta-feira sai o IPC-Fipe e, na sexta, o IGP-M - ambos de janeiro.
E a exemplo do que ocorreu com o IPC-S, o índice da Fipe poderá mostrar forte alta, não necessariamente capturada pelo IPCA-15.
Ontem, antes do ajuste de preço na BM&F, os contratos de DI subiram. O vencimento janeiro de 2012 era cotado a 12,42% e janeiro de 2013, a 12,76% ao ano.
O dólar fechou em leve baixa de 0,05%, a R$ 1,672 para venda. Ontem, o BC realizou mais um leilão de swap cambial reverso - equivalente a US$ 988,15 milhões.
Angela Bittencourt/Valor Econômico