O governo central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC) - teve um superávit primário de R$ 3,98 bilhões em julho, o terceiro pior resultado do ano. A economia no mês passado para pagar juros da dívida representa queda de R$ 7,4 bilhões, ou quase 65% em relação ao saldo obtido no mesmo período do ano anterior.
O Tesouro foi responsável pela maior parte do resultado, com superávit de R$ 6,6 bilhões, enquanto a Previdência e o BC registraram déficits de R$ 2,6 bilhões e R$ 34,6 milhões, respectivamente.
Com esse resultado, o superávit das contas públicas chegou a R$ 51,9 bilhões nos primeiros sete meses do ano, ou 2,06% do Produto Interno Bruto (PIB). A maior parte desse esforço ocorreu em janeiro, quando o saldo foi de R$ 20,8 bilhões. Na comparação com o acumulado do ano passado, a queda é de R$ 15,4 bilhões.
"Medidas não afetam meta"
O secretário do Tesouro, Arno Augustin, destacou que a meta para o quadrimestre encerrado em agosto já foi ultrapassada em 13% em julho e que o país não terá dificuldades para atingir a meta do ano: um saldo de R$ 96,97 bilhões.
Mas, faltam R$ 45,07 bilhões para que se cumpra a meta cheia de 2012, o que significa que o superávit mensal médio do segundo semestre deve ficar em R$ 9 bilhões, valor bem além do saldo das contas do governo central desde maio.
Para Augustin, nem as medidas anticíclicas, como desonerações tributárias, adotadas para estimular a economia, deverão afetar o desempenho das contas públicas este ano:
- Estamos tomando as medidas adequadas. Isso não implica mudanças na meta fiscal.
Vivian Oswald O Globo
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