O álcool hidratado - usado como combustível - vendido pelos produtores aos distribuidores já aumentou 20,5% nas últimas quatro semanas.
A explicação não está na disparada do petróleo, pressionado por causa dos conflitos na Líbia. Além de estarmos no período de entressafra, são as cotações atraentes do açúcar no mercado internacional que levam os produtores de cana brasileiros a optar pela produção desta commodity, o que diminui a oferta interna do álcool. O consumidor, que pagará por isso nas bombas, precisa ficar atento. Em alguns casos, o litro do álcool já está custando o mesmo que o da gasolina.
O Sindicato Nacional do Comércio de Combustíveis (Sindicom) destacou que as distribuidoras ainda não fizeram o repasse para os postos da maior parte dos aumentos feitos pelos usineiros.
O aumento médio do álcool nos postos em São Paulo foi de 6,1% nas últimas quatro semanas, enquanto no Rio foi de 2,4%.
Ou seja, o consumidor pode se preparar para novos aumentos de preços, não só para o álcool, como também para a gasolina, que tem 25% do produto em sua mistura.
Postos: menos álcool na gasolina
Para evitar uma possível falta de álcool no mercado, a Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis (Fecombustíveis) vai solicitar ao governo a redução do percentual de álcool na gasolina de 25% para 10%.
Com a tendência de alta, é preciso pesquisar os preços.
Em postos da cidade, o álcool varia de R$2,099 a R$2,499.
O valor mais alto foi exatamente o mesmo encontrado para a gasolina mais barata.
No levantamento do GLOBO, o preço máximo da gasolina foi de R$2,949.
Ramona Ordoñez e Bruno Rosa O Globo
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