A plataforma Cherne II, na Bacia de Campos, está com a produção paralisada desde o último dia 19, quando um defeito numa bomba de transferência de petróleo provocou um incêndio de grandes proporções, segundo apurou o GLOBO.
As labaredas atingiram as válvulas de segurança dos separadores de produção.
O fogo começou por volta das 22h daquele dia. O plano de emergência da Bacia de Campos foi acionado, mas as chamas foram debeladas meia hora depois pela brigada de incêndio da plataforma, que foi instalada em 1983, a 120 quilômetros do litoral de Macaé.
O fogo destruiu cabos elétricos e de instrumentação da plataforma.
Barcos de socorro da Petrobras se aproximaram da Cherne II, mas não chegaram a atuar contra o fogo.
Nenhum trabalhador foi ferido e não houve abandono do local.
A Petrobras comunicou o acidente à Capitania dos Portos em Macaé no dia seguinte. Peritos da Marinha também foram acionados no dia posterior ao incêndio para inspecionar a Cherne II.
Eles não autorizaram a retomada da produção até que o material destruído, sobretudo na parte elétrica, e os equipamentos de segurança sejam recuperados.
Os dois inspetores que fizeram o inventário constataram que o fogo atingiu "duas bombas de transferência de petróleo e parte dos cabos de energia elétrica".
O diretor do Departamento de Saúde e Segurança do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF), Vitor Carvalho, disse que se surpreendeu com o tempo que a Petrobras levou para apagar o incêndio.
Para ele, trata-se de "um tempo considerável", já que a Cherne II tem 160 funcionários.
A Marinha esclareceu que não houve poluição ambiental e que foi instaurado inquérito administrativo sobre Acidentes e Fatos de Navegação, que deve ser concluído em 90 dias.
Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que vai investigar as causas do acidente e que, pelo termo de compromisso de segurança operacional assinado pela Petrobras, uma inspeção na Cherne II ocorrerá em junho.
Em julho, uma explosão sem feridos na P-33, na Bacia de Campos, levou o Sindipetro NF a denunciar "más condições de trabalho".
A Superintendência Regional do Trabalho fez uma inspeção e interditou filtros das unidades de compressão de gás da plataforma.
Em agosto, foi a vez de Marinha e ANP inspecionarem a P-33, a pedido da Delegacia Regional do Trabalho. Na ocasião, O GLOBO teve acesso a fotografias revelando o mau estado de conservação dos equipamentos.
A inspeção registrou 11 situações de risco na P-33 e cinco autos de infração contra a estatal. Segundo o sindicato, as condições na P-31 e na P-35 também seriam precárias.
Paulo Roberto Araújo, Ramona Ordoñez, Daniela Amorim e Emanuel Alencar
O Globo
As labaredas atingiram as válvulas de segurança dos separadores de produção.
O fogo começou por volta das 22h daquele dia. O plano de emergência da Bacia de Campos foi acionado, mas as chamas foram debeladas meia hora depois pela brigada de incêndio da plataforma, que foi instalada em 1983, a 120 quilômetros do litoral de Macaé.
O fogo destruiu cabos elétricos e de instrumentação da plataforma.
Barcos de socorro da Petrobras se aproximaram da Cherne II, mas não chegaram a atuar contra o fogo.
Nenhum trabalhador foi ferido e não houve abandono do local.
A Petrobras comunicou o acidente à Capitania dos Portos em Macaé no dia seguinte. Peritos da Marinha também foram acionados no dia posterior ao incêndio para inspecionar a Cherne II.
Eles não autorizaram a retomada da produção até que o material destruído, sobretudo na parte elétrica, e os equipamentos de segurança sejam recuperados.
Os dois inspetores que fizeram o inventário constataram que o fogo atingiu "duas bombas de transferência de petróleo e parte dos cabos de energia elétrica".
O diretor do Departamento de Saúde e Segurança do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF), Vitor Carvalho, disse que se surpreendeu com o tempo que a Petrobras levou para apagar o incêndio.
Para ele, trata-se de "um tempo considerável", já que a Cherne II tem 160 funcionários.
A Marinha esclareceu que não houve poluição ambiental e que foi instaurado inquérito administrativo sobre Acidentes e Fatos de Navegação, que deve ser concluído em 90 dias.
Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que vai investigar as causas do acidente e que, pelo termo de compromisso de segurança operacional assinado pela Petrobras, uma inspeção na Cherne II ocorrerá em junho.
Em julho, uma explosão sem feridos na P-33, na Bacia de Campos, levou o Sindipetro NF a denunciar "más condições de trabalho".
A Superintendência Regional do Trabalho fez uma inspeção e interditou filtros das unidades de compressão de gás da plataforma.
Em agosto, foi a vez de Marinha e ANP inspecionarem a P-33, a pedido da Delegacia Regional do Trabalho. Na ocasião, O GLOBO teve acesso a fotografias revelando o mau estado de conservação dos equipamentos.
A inspeção registrou 11 situações de risco na P-33 e cinco autos de infração contra a estatal. Segundo o sindicato, as condições na P-31 e na P-35 também seriam precárias.
Paulo Roberto Araújo, Ramona Ordoñez, Daniela Amorim e Emanuel Alencar
O Globo
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