Prévia do Banco Central para o PIB aponta retração de 0,23% em fevereiro, a segunda do ano. Economistas preveem avanço neste ano inferior aos 4% desejados pela presidente
Se a presidente Dilma Rousseff tinha alguma dúvida de que o crescimento da economia no seu segundo ano de governo tem tudo para ser pífio, ela foi dirimida totalmente ontem.
Pelos cálculos do Banco Central, o nível da atividade recuou pelo segundo mês consecutivo, mostrando que nem a produção nem o consumo estão reagindo aos estímulos dados pelo Palácio do Planalto nos últimos meses.
O IBC-br, prévia do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,23% em fevereiro. Em 12 meses, apresenta avanço de apenas 2%, metade do que o Brasil pode crescer sem gerar inflação, o chamado PIB potencial.
Apesar de já estar preparada para um resultado fraco no primeiro trimestre, a presidente Dilma não escondeu a decepção.
Ela acreditava que, com o corte da taxa básica de juros (Selic) desde agosto do ano passado e as desonerações de impostos dadas à indústria, especialmente às fabricantes de eletrodomésticos da linha branca, a economia começasse a esboçar alguma reação.
Não é o que ocorre.
Tanto que os especialistas já falam em um avanço de apenas 0,5% entre janeiro e março, taxa que, quando anualizada, mostra um salto de minguados 2,4%, menos que os já criticados 2,7% de 2011.
CRISTIANE BONFANTI Correio Braziliense
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