De malas prontas para o presídio da Papuda, no Distrito Federal, Carlinhos Cachoeira é um homem pressionado que começa a mandar recados ao Congresso.
Ao longo da última semana, O GLOBO ouviu pessoas próximas ao bicheiro, que relatam a indignação de Cachoeira por ser tratado como o líder máximo de uma organização criminosa.
Cachoeira rejeitou proposta para ser beneficiado pela delação premiada. Porém, de acordo com o relato de familiares, pensaria em comparecer à CPMI, caso instalada, para responder às perguntas sobre o seu envolvimento com políticos de diferentes partidos.
Segundo os mesmos interlocutores, por ora, os políticos graúdos, "verdadeiramente amigos da família", não o abandonaram. Apesar do regime rigoroso no presídio de segurança máxima de Mossoró, Cachoeira recebe relatos sobre a evolução do noticiário.
A transferência do bicheiro para Brasília, prevista para ontem, deve ocorrer apenas entre hoje e amanhã. A advogada de Cachoeira, Dora Cavalcanti, diz que a defesa não referenda as "especulações" sobre o estado de ânimo do cliente.
- Ele está abalado fisicamente. Ele esteve doente, mas recebeu apenas soro - afirmou a advogada.
Roberto Maltchik O Globo
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