O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mais uma vez apressou-se em recolher os dividendos da política econômica do governo de Dilma Rousseff.
Depois de o Banco Central divulgar o relatório das contas públicas, ele comemorou o desempenho nos primeiros cinco meses do ano, nos quais foram acumulados R$ 64,8 bilhões em superavit primário (poupança para o pagamento de juros).
Para ele, o resultado é sinal de aumento da solidez fiscal.
"Uma das melhores situações do mundo", resumiu.
O discurso, porém, não colou.
Na opinião de analistas, a economia continua sendo feita sem qualidade, por meio do aumento de impostos e não da redução dos gastos.
"É muito fácil fazer superavit com a atual carga tributária.
Qualquer um faz", afirmou o economista-chefe da agência Austin Rating, Alex Agostini.
Como ele, boa parte dos economistas vê um desequilíbrio nas contas, pois, no mesmo período em que guardou R$ 64 bilhões (de uma meta de R$ 117,9 bilhões para o ano), o Tesouro pagou R$ 100 bilhões em juros.
A soma bancou a gastança de uma administração que, na prática, está criando um país de burocratas ao elevar as despesas com pessoal em 11,2%, enquanto os investimentos só cresceram 1%.
O próprio BC alertou, em seu relatório trimestral, que a trajetória de inflação prevista para o próximo ano, quando espera levar o índice aos 4,5%, só será cumprida se a Fazenda fizer superavits "compatíveis" com as projeções. Mantega garantiu que metade do trabalho já foi feito.
"O governo está realizando plenamente o fiscal que foi comprometido para 2011, e continuaremos nessa trajetória até o fim do ano", completou.
Gabriel Caprioli Correio Braziliense
Depois de o Banco Central divulgar o relatório das contas públicas, ele comemorou o desempenho nos primeiros cinco meses do ano, nos quais foram acumulados R$ 64,8 bilhões em superavit primário (poupança para o pagamento de juros).
Para ele, o resultado é sinal de aumento da solidez fiscal.
"Uma das melhores situações do mundo", resumiu.
O discurso, porém, não colou.
Na opinião de analistas, a economia continua sendo feita sem qualidade, por meio do aumento de impostos e não da redução dos gastos.
"É muito fácil fazer superavit com a atual carga tributária.
Qualquer um faz", afirmou o economista-chefe da agência Austin Rating, Alex Agostini.
Como ele, boa parte dos economistas vê um desequilíbrio nas contas, pois, no mesmo período em que guardou R$ 64 bilhões (de uma meta de R$ 117,9 bilhões para o ano), o Tesouro pagou R$ 100 bilhões em juros.
A soma bancou a gastança de uma administração que, na prática, está criando um país de burocratas ao elevar as despesas com pessoal em 11,2%, enquanto os investimentos só cresceram 1%.
O próprio BC alertou, em seu relatório trimestral, que a trajetória de inflação prevista para o próximo ano, quando espera levar o índice aos 4,5%, só será cumprida se a Fazenda fizer superavits "compatíveis" com as projeções. Mantega garantiu que metade do trabalho já foi feito.
"O governo está realizando plenamente o fiscal que foi comprometido para 2011, e continuaremos nessa trajetória até o fim do ano", completou.
Gabriel Caprioli Correio Braziliense
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