As ações adotadas pelo Banco Central desde o fim do ano passado para restringir o consumo e a inflação resfriaram o ritmo da atividade econômica e já começaram a impactar o recolhimento de impostos pela União.
A arrecadação federal registrou queda real (descontada a inflação) de 16,39% em maio ante ao mês anterior, totalizando R$ 71,5 bilhões.
O resultado acendeu a luz amarela no governo, que terá mais trabalho para cumprir o restante da meta de superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) se não cortar despesas.
Nos quatro primeiros meses do ano, metade do compromisso foi alcançado com base nas volumosas quantias recebidas pelos cofres do Fisco e não pela redução de despesas.
O desempenho no ano confirmou a desaceleração.
Entre janeiro e maio, a arrecadação total foi de R$ 382,9 bilhões, com alta de 11,3% sobre igual período de 2010.
Até abril, o avanço era de 12,10%.
De acordo com o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, a tendência é de que o ritmo de expansão das receitas diminua até encerrar o ano com elevação de cerca de 10%.
Vera Batista Correio Braziliense
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