A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, evitou nesta segunda-feira criticar as recentes medidas nacionalizantes do governo venezuelano.
Por outro lado, tentou dissociar o governo Luiz Inácio Lula da Silva da administração do presidente Hugo Chávez.
Ela disse também que a volta da direita ao poder no Chile provoca uma reflexão em relação à disputa presidencial que ocorrerá neste ano no Brasil.
Segundo a ministra, cada presidente governa de acordo com a realidade de seu país.
"Não há similaridade entre o governo Lula e o presidente Chávez. (ainda)
Ele (Chávez) é o presidente da Venezuela", afirmou em entrevista à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.
"A Venezuela é um país simples, que tem o petróleo como 40% da economia", disse.
Pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma afirmou que nem mesmo os desafios dos dois países são iguais. "Eles (venezuelanos) têm suas características e propostas que não coincidem com os nossos em vários aspectos. Os problemas da Venezuela não têm similaridade com os nossos", disse.
A ministra também não quis polemizar sobre a intervenção na mídia local pelo governo venezuelano.
No domingo, cumprindo determinação do governo, empresas de tevê a cabo suspendessem a transmissão do sinal da RCTV, uma rede crítica de Chávez.
"Não cabe a mim criticar ou não. Se ele faz isso, é em função da problemática dele... o governo do presidente Lula jamais pensou em controlar a mídia", afirmou, embora tenha admitido que dentro do governo haja correntes que defendam um maior controle dos meios de comunicação.
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