O PPS, partido de oposição ao governo, quer tornar público os nomes de todos os políticos citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários de propina de contratos da empresa.
O depoimento de Costa incluiu uma longa lista com mais de 60 políticos, entre senadores, deputados federais, governadores e até mesmo o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), os líderes do Congresso e o ex-governador Eduardo Campos entre os que recebiam uma comissão de 3% sobre contratos fechados pela estatal. Os nomes foram divulgados neste sábado (6) pela revista "Veja".
Contudo,
papéis obtidos pela Folha mostram que a lista de políticos tem no total 12 senadores e 49 deputados federais. O jornal não teve acesso ao documento que cita os nomes dos parlamentares.
O líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PPS-PR), disse em nota que vai solicitar uma reunião de emergência da CPI mista da Petrobras para tratar do assunto.
Bueno diz no texto que a intenção do partido é solicitar a cópia de todos os depoimentos prestados por Costa a delegados da Polícia Federal e procuradores da República. Para ele, a CPI mista tem a obrigação de investigar as denúncia e ouvir os citados pelo delator.
"Primeiro precisamos saber quais parlamentares realmente estão envolvidos no esquema. Feito isso, os Conselhos de Ética da Câmara e do Senado deverão instalar processos para apurar cada caso, dando espaço para a defesa e punindo caso necessário. O país precisa de uma resposta forte do Congresso Nacional", diz a nota.
O deputado destacou que o colegiado já aprovou a convocação do delator, mas reforçará na próxima semana a necessidade imediata de sua presença no Congresso.
"Vivemos um momento importante na República. Os fatos estão vindo à luz do dia e precisam urgentemente ser esclarecidos para que não caia no esquecimento e o PT não consiga desviar a atenção da sociedade brasileira com suas propagandas mentirosas.
Precisamos de todas as informações sobre as denúncias feitas por Paulo Roberto Costa para que possamos indicar rapidamente os caminhos para que o MPF e a justiça estabeleçam os devidos processos legais contra todos os envolvidos", informa o texto.
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