As famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas.
De acordo com os dados mais recentes do Banco Central (BC), divulgados ontem, o nível do endividamento subiu de 43,97% em março para 44,23% em abril.
Quebrou todos os recordes desde que a autoridade monetária começou a registrar as informações, em 2005.
Isso significa que a dívida total com os bancos representa quase a metade de toda a renda familiar anual. O levantamento não leva em conta os dados de endividamento dos consumidores no varejo.
Os números do BC mostram que o aumento da dívida foi provocado por financiamentos da casa própria. Descontados esses financiamentos, o endividamento das famílias ficou estável em 30,47% no mês. Segundo economistas, o dado comprova que o crédito voltado para o consumo não aumentou em relação à renda e que a alta da dívida foi causada pela compra de moradia.
Governo avalia positivamente o dado
Para o governo, movimentos como esse são vistos com bons olhos porque representam uma mudança no perfil das despesas mensais dos brasileiros já que mais famílias trocam o aluguel pela parcela do financiamento habitacional.
- Tem a dívida boa e a dívida ruim. O endividamento habitacional é bom porque é sinônimo de agregar patrimônio com uma dívida de longo prazo e com juros menores - ponderou o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). - Dívida ruim é quando a gente está tão enrolado que tem de pegar mais empréstimos para quitar outros.
Por outro lado, apesar de um endividamento maior, o comprometimento da renda mensal caiu em abril. De acordo com o Banco Central, a parcela que a dívida absorve dos salários baixou de 21,61% para 21,54% em abril. Ou seja, apesar de aumentar o total do endividamento, ela pesa menos no orçamento mensal.
O economista-chefe da Gradual Corretora, André Perfeito, destacou que o consumo das famílias está em um patamar elevado, mas estacionou, o que mostra que o brasileiro está apreensivo com o futuro da economia.
- A confiança dos consumidores está caindo de maneira reiterada, resultado de um presente que não avança e de um futuro que ficou mais distante com juros mais elevados - observou André Perfeito.
Por mês, as famílias gastam, em média, 8,5% dos salários apenas com juros de todos os financiamentos que têm, desde a prestação da casa própria até os gastos com o rotativo do cartão de crédito e cheque especial. Esse número já chegou a 9,2% em junho de 2012.
Gabriela Valente O Globo
Os números do BC mostram que o aumento da dívida foi provocado por financiamentos da casa própria. Descontados esses financiamentos, o endividamento das famílias ficou estável em 30,47% no mês. Segundo economistas, o dado comprova que o crédito voltado para o consumo não aumentou em relação à renda e que a alta da dívida foi causada pela compra de moradia.
Governo avalia positivamente o dado
Para o governo, movimentos como esse são vistos com bons olhos porque representam uma mudança no perfil das despesas mensais dos brasileiros já que mais famílias trocam o aluguel pela parcela do financiamento habitacional.
- Tem a dívida boa e a dívida ruim. O endividamento habitacional é bom porque é sinônimo de agregar patrimônio com uma dívida de longo prazo e com juros menores - ponderou o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). - Dívida ruim é quando a gente está tão enrolado que tem de pegar mais empréstimos para quitar outros.
Por outro lado, apesar de um endividamento maior, o comprometimento da renda mensal caiu em abril. De acordo com o Banco Central, a parcela que a dívida absorve dos salários baixou de 21,61% para 21,54% em abril. Ou seja, apesar de aumentar o total do endividamento, ela pesa menos no orçamento mensal.
O economista-chefe da Gradual Corretora, André Perfeito, destacou que o consumo das famílias está em um patamar elevado, mas estacionou, o que mostra que o brasileiro está apreensivo com o futuro da economia.
- A confiança dos consumidores está caindo de maneira reiterada, resultado de um presente que não avança e de um futuro que ficou mais distante com juros mais elevados - observou André Perfeito.
Por mês, as famílias gastam, em média, 8,5% dos salários apenas com juros de todos os financiamentos que têm, desde a prestação da casa própria até os gastos com o rotativo do cartão de crédito e cheque especial. Esse número já chegou a 9,2% em junho de 2012.
Gabriela Valente O Globo
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