O voto do ministro Ricardo Lewandowski foi festejado pelos funcionários que trabalham na campanha do deputado federal João Paulo Cunha (PT) à prefeitura de Osasco.
O petista se recolheu para acompanhar a sessão desta quinta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF) e evitou atividades de rua. Também não apareceu no comitê central e no escritório político.
A cada crime do qual João Paulo é acusado que era rejeitado por Lewandowski, os funcionários do comitê central gritavam, batiam palmas e colocavam o jingle da campanha para tocar em volume alto. O voto serviu para reanimar os militantes, que se sentiam pessimistas com relação ao futuro do deputado.
O candidato vinha enfrentando pressões para renunciar em favor do vice Jorge Lapas (PT). Aliados também relataram que a campanha tinha problemas, por exemplo, para colocar faixas nas casas de militantes. Os moradores não queriam associar o nome a um réu do mensalão.
- Foi muito importante. Estamos satisfeitos afirmou Lapas.
Os petistas acreditam que a decisão de Lewandowski terá um peso grande porque foi uma revisão técnica ao voto do relator, o ministro Joaquim Barbosa, que defendeu a condenação de João Paulo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na avaliação dos partidários do deputado, o voto do revisor pode servir como base para o posicionamento dos demais ministros.
João Paulo não tem agenda de candidato desde segunda-feira. Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, ele informou que só dará declarações quando os ministros concluírem a votação sobre os crimes do qual é acusado. Seus aliados se fecharam para mantê-lo longe dos holofotes.
Em sua casa, a mulher, Márcia, disse que ele não estava.
Ela se recusou a comentar o voto de Lewandowski.
Apesar da comemoração, o comando da campanha não pretende levar a decisão do ministro relator ao horário eleitoral gratuito, que em Osasco é exibido apenas em dois canais locais.
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