Depois do bate-boca no plenário, ministros voltam a se atacar
O Dia Seguinte
Quem assistiu ao bate-boca entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski anteontem acharia curiosa a cena vista minutos depois:
na sala contígua ao plenário, onde os ministros lancham, eles se cumprimentaram como se nada tivesse acontecido.
Com o passar dos anos, os ministros aprenderam a abafar os casos.
A partir de novembro, Barbosa presidirá a Corte. Lewandowski será vice-presidente.
Nos nos bastidores, a história é outra.
Lewandowski saiu atirando:
- Estou estupefato, perplexo com essa acusação indevida do ministro Joaquim Barbosa. O revisor tem direito de votar como todos os ministros, não é só o relator.
Barbosa também falou:
- Quem ficou estupefato fui eu. Ele é revisor e estava com o processo há sete meses. Se tivesse alguma objeção, deveria ter falado comigo.
Marco Aurélio tomou as dores de Lewandowski.
- Não gostei, pela falta de urbanidade do relator. Ele se arvora censor dos colegas? Fiquei pasmo, inclusive com as adjetivações impróprias.
Barbosa reagiu em nota:
"Urbanidade e responsabilidade não se excluem. Às vezes, a urbanidade presta-se a ocultar a falta de responsabilidade. É com extrema urbanidade que muitas vezes se praticam as mais sórdidas ações contra o interesse público."
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