Malgrado as turbulentas disputas internas causadas por conflitos de interesses e renhida competição para a conquista das prebendas do governo, há no PT plena unanimidade quanto à imposição de "controle social" à mídia.
Não se trata de aspiração acalentada pela convergência de vontades aleatórias, mas de um dos pontos mais importantes do programa político do partido.
A conduta da imprensa a cada dia exacerba o sentimento de repulsa às notícias instigantes, consideradas pelos líderes petistas aleivosias desnudas de credibilidade.
Aí está uma questão que suscita enorme interesse da sociedade e alimenta o receio dos órgãos de comunicação social — diante de eventual êxito da iniciativa petista — de serem submetidos à intervenção de agentes externos.
O sr. José Dirceu, festejado autor das concepções doutrinárias reconhecidas como substrato do ideário petista, além de exercer inexcedível liderança partidária, não tem a menor dúvida de que o jornalismo e os jornalistas serão controlados.
O PT e o sr. José Dirceu não são órfãos de boas razões.
Os fatos falam por si mesmos. Os jornais tiveram a audácia de denunciar corrupção em sete ministérios, já no começo da gestão de Dilma Roussef.
Os titulares das pastas foram demitidos pelo Palácio do Planalto.
A presidente da Repúlica recebeu o título de faxineira, por não lhe restar alternativa a não ser a varissão dos implicados para fora do poder.
No caso do Ministério do Trabalho, o então ministro Carlos Lupi afirmou desconhecer o empresário Adair Meira, dono de três ONG"s financiadas pela pasta. Suprema ousadia dos jornais e das redes de televisão:
exibibiram a fotografia de Lupi ao lado de Adair, com o evidente propósito de desacreditar o afável ministro.
Mas o descalabro é rotineiero.
Outras impertinências viriam, há pouco, documentar a ação nefasta dos meios eletrônicos e impressos de informação. Noticiaram sem o menor respeito a visita de Lula ao venerável deputado Paulo Maluf.
Mais grave:
fotografaram e filmaram ambos ao trocarem entusiástico aperto de mão nos jardins da casa do anfitrião.
Houve algo mais atrevido ainda.
Jornais, tevês e publicações periódicas revelaram que o ex-presidente fora à residência do ínclito parlamentar para pedir votos para seu candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Sim, Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, acusado de forma insolente e astuciosa pela imprensa de haver desmoralizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Não ficou aí solércia:
lembraram que, em passado recente, Lula havia mimoseado o probo Maluf com o título de ladrão.
De semelhante espetáculo de sordidez salva-se a TV Brasil, (porta-voz do governo) que o povo, na sua ignorância, chama de tevê chapa branca. Ela se mantém no mais elevado nível de recato e equidistância.
Como se vê, não há mais como tolerar tanta petulância midiática.
Estão certos o PT e o sr. Dirceu, oráculo do petismo.
Ou se corta com a máxima urgência a língua insidiosa da imprensa, ou o Brasil correrá o gravíssimo risco de consolidar-se como nação democrática.
Correio Braziliense
JOSEMAR DANTAS É EDITOR DO SUPLEMENTO DIREITO & JUSTIÇA, MEMBRO DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS
Não se trata de aspiração acalentada pela convergência de vontades aleatórias, mas de um dos pontos mais importantes do programa político do partido.
A conduta da imprensa a cada dia exacerba o sentimento de repulsa às notícias instigantes, consideradas pelos líderes petistas aleivosias desnudas de credibilidade.
Aí está uma questão que suscita enorme interesse da sociedade e alimenta o receio dos órgãos de comunicação social — diante de eventual êxito da iniciativa petista — de serem submetidos à intervenção de agentes externos.
O sr. José Dirceu, festejado autor das concepções doutrinárias reconhecidas como substrato do ideário petista, além de exercer inexcedível liderança partidária, não tem a menor dúvida de que o jornalismo e os jornalistas serão controlados.
O PT e o sr. José Dirceu não são órfãos de boas razões.
Os fatos falam por si mesmos. Os jornais tiveram a audácia de denunciar corrupção em sete ministérios, já no começo da gestão de Dilma Roussef.
Os titulares das pastas foram demitidos pelo Palácio do Planalto.
A presidente da Repúlica recebeu o título de faxineira, por não lhe restar alternativa a não ser a varissão dos implicados para fora do poder.
No caso do Ministério do Trabalho, o então ministro Carlos Lupi afirmou desconhecer o empresário Adair Meira, dono de três ONG"s financiadas pela pasta. Suprema ousadia dos jornais e das redes de televisão:
exibibiram a fotografia de Lupi ao lado de Adair, com o evidente propósito de desacreditar o afável ministro.
Mas o descalabro é rotineiero.
Outras impertinências viriam, há pouco, documentar a ação nefasta dos meios eletrônicos e impressos de informação. Noticiaram sem o menor respeito a visita de Lula ao venerável deputado Paulo Maluf.
Mais grave:
fotografaram e filmaram ambos ao trocarem entusiástico aperto de mão nos jardins da casa do anfitrião.
Houve algo mais atrevido ainda.
Jornais, tevês e publicações periódicas revelaram que o ex-presidente fora à residência do ínclito parlamentar para pedir votos para seu candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Sim, Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, acusado de forma insolente e astuciosa pela imprensa de haver desmoralizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Não ficou aí solércia:
lembraram que, em passado recente, Lula havia mimoseado o probo Maluf com o título de ladrão.
De semelhante espetáculo de sordidez salva-se a TV Brasil, (porta-voz do governo) que o povo, na sua ignorância, chama de tevê chapa branca. Ela se mantém no mais elevado nível de recato e equidistância.
Como se vê, não há mais como tolerar tanta petulância midiática.
Estão certos o PT e o sr. Dirceu, oráculo do petismo.
Ou se corta com a máxima urgência a língua insidiosa da imprensa, ou o Brasil correrá o gravíssimo risco de consolidar-se como nação democrática.
Correio Braziliense
JOSEMAR DANTAS É EDITOR DO SUPLEMENTO DIREITO & JUSTIÇA, MEMBRO DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS
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