É o que diz artigo na edição desta sexta-feira da revista britânica The Economist. Segundo a revista, escândalos são comuns em Brasília, mas a CPI do Cachoeira coloca políticos de vários partidos na berlinda.
A CPI poderá convocar qualquer pessoa para depor como testemunha, além de ter acesso a dados bancários, fiscais e telegônicos sigilosos, ressalta a revista.
A reportagem diz ainda que, até agora, os custos políticos parecem recair sobre a oposição ao governo de centro-esquerda de Dilma Rousseff. Mas ressalta que as revelações não são necessariamente um presente à presidente.
Apesar de a linha dura que ela assumiu contra a corrupção dar-lhe uma reserva de credibilidade com o público, os inquéritos parlamentares são altamente imprevisíveis.
Ainda de acordo com a Economist, os assessores de Dilma estão particularmente preocupados com Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit, que foi exonerado após denúncias de corrupção.
Um ano após a sua demissão, Pagot diz agora que foi forçado a sair por causa de negociata de Carlinhos Cachoeira com a empreiteira Delta Construção, que tem vários contratos com o governo federal.
"Mesmo que Rousseff saia politicamente ilesa, a investigação provavelmente irá atrapalhar alguns de seus planos", diz o artigo, citando os projetos para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, por causa do envolvimento da construtora Delta.
"Quanto mais a podridão na política brasileira é exposta, menor o número de políticos nos quais os brasileiros sentem que podem confiar", conclui a revista.
O Globo
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