A caderneta de poupança teve no primeiro semestre deste ano retirada líquida de R$ 3 bilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central.
Foi o pior resultado desde o primeiro semestre de 2006, quando as retiradas superaram os depósitos em R$ 8,17 bilhões. Em igual período de 2010, a aplicação financeira teve captação líquida de R$ 12,24 bilhões.
Considerando somente o mês passado, os depósitos superaram os saques em R$ 220,4 milhões, quase um vigésimo dos R$ 4,18 bilhões de junho do ano passado.
A taxa mensal de captação da poupança no primeiro semestre foi sofrível e uma das explicações mais plausíveis para esse fenômeno tenha sido o processo de alta na taxa de juros básica, que já subiu neste ano 1,5 ponto porcentual e atualmente está em 12,25% ao ano, enquanto a poupança paga ao aplicador pouco mais de 6% anuais - sem Imposto de Renda.
Outra explicação para a retirada de R$ 3 bilhões da caderneta no semestre é a necessidade dos poupadores de quitar dívidas. Segundo economistas, a inflação corroeu a renda dos trabalhadores e foi preciso sacar mais dinheiro da poupança.
Fabio Graner/O Estado de S. Paulo
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