"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 16, 2011

Inflação: BC vê riscos, mas fala em cenário mais favorável.

Na ata divulgada hoje, que traz as justificativas para a alta da taxa de juros, o BC diz que prevalece um nível de incerteza acima do usual no ambiente econômico e que há riscos de não convergência da inflação à meta.

Apesar disso, avalia que o cenário para a inflação melhorou:

- Embora incertezas crescentes que cercam o cenário global e, em escala bem menor, o cenário doméstico, não permitam identificar com clareza o grau de perenidade de pressões inflacionárias recentes, o Comitê avalia que o cenário prospectivo para a inflação mostra sinais mais favoráveis - diz a nota.

No documento, o BC reitera o que havia dito no comunicado divulgado após a alta da Selic em 0,25 ponto. Diz que a implementação de ajustes das condições monetárias por um período "suficientemente prolongado" é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta.

Olhando para o âmbito interno, o BC afirma que as ações macroprudencias (de aperto no crédito) e as convencionais de política monetária (aumento da taxa de juros) recentemente implementadas ainda terão seus efeitos incorporados à dinâmica dos preços.

- No âmbito externo, as evidências apontam moderação no processo de recuperação em que se encontram as economias do G3 e, em outra perspectiva, ainda revelam influência ambígua sobre o comportamento da inflação doméstica - informa a ata.

Apesar de reconhecer moderação, "em ritmo ainda incerto", da expansão da demanda doméstica, o BC diz que ela se apresenta robusta, em grande parte devido ao crescimento da renda e da expansão do crédito.

Valéria Maniero/Globo

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