"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 13, 2011

CAINDO NA REAL! A FICÇÃO DO "ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO" DO CACHAÇA PARA A ELEIÇÃO DA "NADA E COISA NENHUMA".

O Brasil aparece em uma matéria de capa da edição impressa desta segunda-feira, 13, do jornal The Wall Street Journal (WSJ), com o tema:
o risco inflacionário trazido pelo estímulo do crédito no País.

Segundo o jornal, “o mecanismo que ajudou a nação a se tornar um player global em carnes, petróleo e mineração está colidindo com outra política imperativa:
a de combate à inflação”.


De acordo com a matéria, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Central estão indo em direções opostas.

Enquanto o BNDES segue com força nos financiamentos, o BC teve que subir os juros na semana passada pela quarta vez este ano, para 12,25%, o nível mais alto entre as principais economias do mundo.


O governo está tentando esquentar e esfriar o Brasil ao mesmo tempo”, disse Marcos Mendes, economista e conselheiro do Senado, ao WSJ.

O debate sobre a abordagem do BNDES aumenta conforme o Brasil começa a ver números de crescimento econômico menos favoráveis, diz o jornal, com projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano sendo reduzidas para a faixa de 3,5% a 4,%.

O jornal questiona ainda quanto do financiamento do BNDES acaba sendo utilizado para ajudar companhias brasileiras a adquirirem empresas fora do País.

Como o Brasil se beneficia quando a JBS compra uma empresa americana que vende comida para consumidores americanos?
Isso não impulsiona nossas exportações”, questionou o economista Mansueto Almeida na entrevista ao WSJ.

Em contrapartida, o texto reconhece que ficará difícil o BNDES reduzir muito seu papel, tendo pela frente a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. “Estádios e outras facilidades terão que ser construídos. O governo também quer modernizar energia, estradas e ferrovias”, observa o jornal, citando ainda o projeto para o trem-bala entre São Paulo e Rio.

Luciana Antonello Xavier/Agência Estado

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