Tantas vezes propalada, a reforma política teve um impulso neste começo de 2011 depois que Senado e Câmara dos Deputados instalaram comissões para tratar do tema.
As duas Casas pretendem trabalhar de forma independente buscando um consenso ao final.
O Senado juntou famosos na comissão.
Presidida pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), é integrada, entre outros, pelos ex-presidentes Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor (PTB-AL), e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O projeto deve estar pronto até 4 de abril e a partir daí já pode ser votado.
Na Câmara, o prazo da comissão é de seis meses a contar de março, mas a ideia é que, se houver mudanças, elas possam entrar em vigor já nas eleições de 2012. Almeida Lima (PMDB-SE) é o presidente e Henrique Fontana (PT-RS), o relator.
O excesso de temas e de confrontos de pontos de vista tem impedido a reforma de avançar no Congresso, onde já circulam perto de 100 projetos sobre o assunto.
Veja os temas que devem ser abordados nas discussões do Congresso.
* Eleição para deputados e vereadores
- Voto majoritário nas eleições para deputados - neste sistema, defendido pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), os candidatos mais votados são eleitos.
Acaba com os chamados puxadores de voto, como os deputados Enéas (Prona-SP) e Tiririca (PR-SP), mas reforça o foco nos candidatos e reduz a importância dos partidos.
Chamado de "distritão", transforma os Estados em distritos em que seriam eleitos os mais votados.
Seria aplicado na escolha de deputados federais, estaduais, distritais e vereadores.
- Voto proporcional
- em vigor atualmente no país para deputados e vereadores, utiliza um coeficiente eleitoral, fórmula que leva em conta não apenas o desempenho dos candidatos, mas também o de seus partidos e coligações.
- Voto em lista
- o oposto do voto majoritário: os eleitores têm a opção de votar apenas em uma relação de candidatos apresentada pelos partidos. O PT é seu principal defensor, por reforçar os partidos. Seus críticos argumentam que este sistema dá poder demais à máquina partidária.
- Voto distrital
- as regiões são divididas em distritos e cada eleitor escolhe, de forma majoritária, apenas um representante.
Seus defensores acreditam que o voto distrital aumenta o poder de fiscalização dos eleitores sobre os representantes. É defendido pelo PSDB.
- Sistema distrital misto
- parte dos deputados é eleita pelo voto proporcional e parte pelo voto majoritário.
* Fidelidade partidária
- discussão sobre uma "janela", ou um período para que um político possa deixar o partido depois de eleito sem sofrer punições.
Uma possibilidade é a autorização para a troca de legenda nos seis meses que antecedem cada eleição.
Em 2007, o TSE entendeu que o mandato pertence ao partido e ele pode requisitar o mandato de quem troca.
* Financiamento público de campanhas
- hoje está em vigor o sistema misto de financiamento eleitoral e partidário (formado por recursos públicos e privados).
A proposta de alteração é a de tornar o financiamento das campanhas eleitorais exclusivamente público, com recursos do fundo partidário.
Também há proposta no sentido de se adotar o financiamento público exclusivo para as eleições para o Executivo, mantendo-se o sistema atual para o Legislativo.
* Suplência de senadores
- hoje cada senador é eleito com dois suplentes.
Há propostas que estabelecem que o suplente substitui o titular, mas não o sucede, ou seja, só assumirá o cargo em caso de afastamento temporário do titular, não assumindo na ocorrência de afastamento definitivo.
Nesse caso haveria novas eleições, exceto faltando menos de 60 dias para a eleição regular, quando o suplente assumiria a cadeira até o final do mandato.
Há também proposta que defende que o candidato a senador derrotado e com maior votação será o suplente.
* Coligação na eleição proporcional
- É assegurado aos partidos políticos formar coligações nas eleições proporcionais.
Há propostas no sentido de vedá-las.
Existe também proposta para permitir a chamada "federação de partidos", em que dois ou mais partidos poderão atuar como se fossem um só partido.
* Voto facultativo
- há propostas no sentido de tornar o voto obrigatório de hoje em facultativo.
* Data da posse dos Poder Executivo
- há propostas para alterar a data da posse do Presidente da República e dos governadores de Estado, hoje em 1o de janeiro do ano seguinte à eleição.
* Cláusula de desempenho
- Também conhecida como cláusula de barreira.
No Brasil, o debate está relacionado às condições que devem ser observadas para que um partido tenha funcionamento parlamentar e acesso ao fundo partidário, à propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão
* Reeleição
- Discute-se a proposta que proíbe a reeleição dos chefes do Poder Executivo no período subsequente e modifica a duração dos mandatos.
Também há proposta que unifica todas as eleições para o Legislativo e para o Executivo, em todos os âmbitos da Federação.
* Candidatura avulsa
- Permite a candidatura de quem não esteja filiado a partido político.
* Filiação partidária e domicílio eleitoral
- Hoje, para concorrer às eleições o candidato deve possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Há propostas no sentido de alterar os prazos.
(Reportagem de Carmen Munari)(Reuters)
As duas Casas pretendem trabalhar de forma independente buscando um consenso ao final.
O Senado juntou famosos na comissão.
Presidida pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), é integrada, entre outros, pelos ex-presidentes Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor (PTB-AL), e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O projeto deve estar pronto até 4 de abril e a partir daí já pode ser votado.
Na Câmara, o prazo da comissão é de seis meses a contar de março, mas a ideia é que, se houver mudanças, elas possam entrar em vigor já nas eleições de 2012. Almeida Lima (PMDB-SE) é o presidente e Henrique Fontana (PT-RS), o relator.
O excesso de temas e de confrontos de pontos de vista tem impedido a reforma de avançar no Congresso, onde já circulam perto de 100 projetos sobre o assunto.
Veja os temas que devem ser abordados nas discussões do Congresso.
* Eleição para deputados e vereadores
- Voto majoritário nas eleições para deputados - neste sistema, defendido pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), os candidatos mais votados são eleitos.
Acaba com os chamados puxadores de voto, como os deputados Enéas (Prona-SP) e Tiririca (PR-SP), mas reforça o foco nos candidatos e reduz a importância dos partidos.
Chamado de "distritão", transforma os Estados em distritos em que seriam eleitos os mais votados.
Seria aplicado na escolha de deputados federais, estaduais, distritais e vereadores.
- Voto proporcional
- em vigor atualmente no país para deputados e vereadores, utiliza um coeficiente eleitoral, fórmula que leva em conta não apenas o desempenho dos candidatos, mas também o de seus partidos e coligações.
- Voto em lista
- o oposto do voto majoritário: os eleitores têm a opção de votar apenas em uma relação de candidatos apresentada pelos partidos. O PT é seu principal defensor, por reforçar os partidos. Seus críticos argumentam que este sistema dá poder demais à máquina partidária.
- Voto distrital
- as regiões são divididas em distritos e cada eleitor escolhe, de forma majoritária, apenas um representante.
Seus defensores acreditam que o voto distrital aumenta o poder de fiscalização dos eleitores sobre os representantes. É defendido pelo PSDB.
- Sistema distrital misto
- parte dos deputados é eleita pelo voto proporcional e parte pelo voto majoritário.
* Fidelidade partidária
- discussão sobre uma "janela", ou um período para que um político possa deixar o partido depois de eleito sem sofrer punições.
Uma possibilidade é a autorização para a troca de legenda nos seis meses que antecedem cada eleição.
Em 2007, o TSE entendeu que o mandato pertence ao partido e ele pode requisitar o mandato de quem troca.
* Financiamento público de campanhas
- hoje está em vigor o sistema misto de financiamento eleitoral e partidário (formado por recursos públicos e privados).
A proposta de alteração é a de tornar o financiamento das campanhas eleitorais exclusivamente público, com recursos do fundo partidário.
Também há proposta no sentido de se adotar o financiamento público exclusivo para as eleições para o Executivo, mantendo-se o sistema atual para o Legislativo.
* Suplência de senadores
- hoje cada senador é eleito com dois suplentes.
Há propostas que estabelecem que o suplente substitui o titular, mas não o sucede, ou seja, só assumirá o cargo em caso de afastamento temporário do titular, não assumindo na ocorrência de afastamento definitivo.
Nesse caso haveria novas eleições, exceto faltando menos de 60 dias para a eleição regular, quando o suplente assumiria a cadeira até o final do mandato.
Há também proposta que defende que o candidato a senador derrotado e com maior votação será o suplente.
* Coligação na eleição proporcional
- É assegurado aos partidos políticos formar coligações nas eleições proporcionais.
Há propostas no sentido de vedá-las.
Existe também proposta para permitir a chamada "federação de partidos", em que dois ou mais partidos poderão atuar como se fossem um só partido.
* Voto facultativo
- há propostas no sentido de tornar o voto obrigatório de hoje em facultativo.
* Data da posse dos Poder Executivo
- há propostas para alterar a data da posse do Presidente da República e dos governadores de Estado, hoje em 1o de janeiro do ano seguinte à eleição.
* Cláusula de desempenho
- Também conhecida como cláusula de barreira.
No Brasil, o debate está relacionado às condições que devem ser observadas para que um partido tenha funcionamento parlamentar e acesso ao fundo partidário, à propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão
* Reeleição
- Discute-se a proposta que proíbe a reeleição dos chefes do Poder Executivo no período subsequente e modifica a duração dos mandatos.
Também há proposta que unifica todas as eleições para o Legislativo e para o Executivo, em todos os âmbitos da Federação.
* Candidatura avulsa
- Permite a candidatura de quem não esteja filiado a partido político.
* Filiação partidária e domicílio eleitoral
- Hoje, para concorrer às eleições o candidato deve possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Há propostas no sentido de alterar os prazos.
(Reportagem de Carmen Munari)(Reuters)
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