Entre as falhas apontadas, além de deficiências nos próprios projetos, o tribunal identificou falta de transparência nas ações do governo federal e descumprimento de prazos.
O relatório é do ministro Valmir Campelo, responsável por acompanhar as obras da Copa no TCU.
"Os riscos de aditivos contratuais, sobrepreço, aportes desnecessários de recursos federais e contratos emergenciais são muito grandes, a exemplo das obras do Pan [Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro]", apontou o ministro.
Só no caso do novo Estádio da Fonte Nova, em Salvador, a diferença entre o valor previsto e o orçamento atual é de mais de 100%, de R$ 591,7 milhões iniciais para R$ 1,605 bilhão. Para Campelo isso atesta a "precariedade da estimativa do custo global da obra".
O relatório diz que há indícios de "possível fragilidade no acompanhamento feito pelo Ministério do Esporte, característica que dificulta muito as ações de controle".
Uma das críticas recai sobre a demora do ministério para enviar ao TCU as matrizes de responsabilidade das obras nos portos e aeroportos, prontas desde 2010.
Segundo Campelo, transferências voluntárias do governo federal para a Copa que não constam das matrizes também prejudicam a auditoria do tribunal.
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