Projeções do FMI mostram que, dos quatro emergentes do grupo, o país verá avanço de seu PIB cair à metade. China, Índia e Rússia também perderão força, mas vão liderar.
Embora a forte expansão do Brasil em 2010 coloque o país entre as grandes economias que mais cresceram no planeta no ano passado, em 2011 a história será diferente. A nação verde-amarela tende a ficar na rabeira do ranking dos chamados emergentes.
De modo geral, as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentam uma desaceleração nos Brics (acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China), entretanto o impacto será mais forte no caso brasileiro.
Enquanto a China, que cresceu 10,3% entre janeiro e dezembro últimos, reduzirá ligeiramente a sua expansão, para 9,6% este ano,
a queda na Índia será de 9,7% para 8,4%;
e na Rússia, de 5,3% para 5,2%.
No Brasil, o salto do Produto Interno Bruto (PIB) cairá quase para a metade, de 7,5% (estimativa) para 4,1%, segundo o Fundo.
O país debate-se no dilema de querer, mas não poder avançar.
Se der um passo maior que as pernas, a inflação crescerá, os juros subirão ainda mais e as exportações diminuirão.
Com esse quadro, o governo terá que criar mecanismos para conter a entrada de dólares e perderá uma importante fonte de financiamento.
Entre os economistas, uma discussão ganha corpo:
chegou a hora de o Brasil repensar o seu modelo macroeconômico.
“Quando a perna do desenvolvimento se projeta, a outra, manca, se manifesta”, interpreta José Flávio Saraiva, especialista em relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB).
Competitividade
Há outro consenso entre os estudiosos.
Se, por um lado, os empresários brasileiros não investem em tecnologia e preferem comprar produtos asiáticos elaborados e mais baratos, por outro o governo não se esforça para melhorar a qualidade da pauta de exportação e insiste em vender produtos primários, que criam emprego lá fora.
E há muito deixou à própria sorte os setores de educação, logística e segurança.
Enquanto a Índia é exportadora de serviços de inteligência,
a Rússia apresenta alta competitividade nos produtos minerais,
e a China “entrou na onda da miniaturização”,
o Brasil expandiu a agropecuária e permaneceu na zona de conforto.
Na ponta do lápis
Projeções de crescimento para os integrantes dos Brics (Em %)
2010 2011
Brasil - 7,5 - 4,1
Rússia - 5,3 - 5,2
Índia - 9,7 - 8,4
China - 10,5 -
Vera Batista Correio Braziliense
Embora a forte expansão do Brasil em 2010 coloque o país entre as grandes economias que mais cresceram no planeta no ano passado, em 2011 a história será diferente. A nação verde-amarela tende a ficar na rabeira do ranking dos chamados emergentes.
De modo geral, as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentam uma desaceleração nos Brics (acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China), entretanto o impacto será mais forte no caso brasileiro.
Enquanto a China, que cresceu 10,3% entre janeiro e dezembro últimos, reduzirá ligeiramente a sua expansão, para 9,6% este ano,
a queda na Índia será de 9,7% para 8,4%;
e na Rússia, de 5,3% para 5,2%.
No Brasil, o salto do Produto Interno Bruto (PIB) cairá quase para a metade, de 7,5% (estimativa) para 4,1%, segundo o Fundo.
O país debate-se no dilema de querer, mas não poder avançar.
Se der um passo maior que as pernas, a inflação crescerá, os juros subirão ainda mais e as exportações diminuirão.
Com esse quadro, o governo terá que criar mecanismos para conter a entrada de dólares e perderá uma importante fonte de financiamento.
Entre os economistas, uma discussão ganha corpo:
chegou a hora de o Brasil repensar o seu modelo macroeconômico.
“Quando a perna do desenvolvimento se projeta, a outra, manca, se manifesta”, interpreta José Flávio Saraiva, especialista em relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB).
Competitividade
Há outro consenso entre os estudiosos.
Se, por um lado, os empresários brasileiros não investem em tecnologia e preferem comprar produtos asiáticos elaborados e mais baratos, por outro o governo não se esforça para melhorar a qualidade da pauta de exportação e insiste em vender produtos primários, que criam emprego lá fora.
E há muito deixou à própria sorte os setores de educação, logística e segurança.
Enquanto a Índia é exportadora de serviços de inteligência,
a Rússia apresenta alta competitividade nos produtos minerais,
e a China “entrou na onda da miniaturização”,
o Brasil expandiu a agropecuária e permaneceu na zona de conforto.
Na ponta do lápis
Projeções de crescimento para os integrantes dos Brics (Em %)
2010 2011
Brasil - 7,5 - 4,1
Rússia - 5,3 - 5,2
Índia - 9,7 - 8,4
China - 10,5 -
Vera Batista Correio Braziliense
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