Elevação dos preços aparece também no mês de novembro.
Os alimentos são os que mais sobem, 2,27%, diz a FGV.
O orçamento do consumidor brasileiro continua sendo solapado pelos constantes aumentos de preços em produtos básicos fundamentais.
O registro dessa deterioração apareceu novamente no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que apontou avanço de 1% no levantamento de novembro, maior alta desde a segunda semana de fevereiro (1,04%).
Mais uma vez, o grupo alimentação foi o principal responsável pelo resultado, com expansão de 2,27%.
Entretanto, o segmento não foi o único.
Ao contrário do que ocorreu no início do ano, as pressões inflacionárias agora estão se disseminando na economia e elevando as preocupações com a perda do poder de compra da moeda, segundo avaliação da Fundação Getulio Vargas, responsável pelo indicador.
Para o coordenador do estudo, professor Paulo Picchetti, a diferença fundamental entre os primeiros meses de 2010 e o encerramento do ano é que, naquela ocasião, apesar de a inflação também ter sido liderada pelos produtos alimentícios, foi decorrente de choques pontuais.
“Agora, os problemas não são climáticos ou ocasionados por falta de produção interna, como antes. Estamos vendo uma grande pressão de demanda externa, resultante de uma alta dos preços de commodities”, comentou.
Estrago
O professor destaca ainda que há outros componentes apontados no IPC-S que reforçam a disseminação da carestia e o caráter mais estrutural da inflação.
As medições de núcleo avançaram rapidamente nos últimos três meses.
Entre setembro e outubro, o recorte do índice passou de 4,62% para 4,76% (no acumulado de 12 meses).
Em novembro, cresceu para 4,95%.
Juros vão subir
O cenário atual carrega todas as características que sustentam a necessidade de um novo aumento na taxa Selic: inflação em alta, trajetória ascendente dos núcleos e expectativas do mercado se deteriorando.
Para alguns analistas, os juros devem subir já na próxima reunião, em 7 e 8 de dezembro.
Para Élson Teles, da Máxima Asset Management, o Comitê de Política Monetária (Copom) pode aproveitar o próximo encontro para sinalizar a alta e deixar o arrocho para o novo presidente, Alexandre Tombini.
Gabriel Caprioli/Correio Braziliense
Os alimentos são os que mais sobem, 2,27%, diz a FGV.
O orçamento do consumidor brasileiro continua sendo solapado pelos constantes aumentos de preços em produtos básicos fundamentais.
O registro dessa deterioração apareceu novamente no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que apontou avanço de 1% no levantamento de novembro, maior alta desde a segunda semana de fevereiro (1,04%).
Mais uma vez, o grupo alimentação foi o principal responsável pelo resultado, com expansão de 2,27%.
Entretanto, o segmento não foi o único.
Ao contrário do que ocorreu no início do ano, as pressões inflacionárias agora estão se disseminando na economia e elevando as preocupações com a perda do poder de compra da moeda, segundo avaliação da Fundação Getulio Vargas, responsável pelo indicador.
Para o coordenador do estudo, professor Paulo Picchetti, a diferença fundamental entre os primeiros meses de 2010 e o encerramento do ano é que, naquela ocasião, apesar de a inflação também ter sido liderada pelos produtos alimentícios, foi decorrente de choques pontuais.
“Agora, os problemas não são climáticos ou ocasionados por falta de produção interna, como antes. Estamos vendo uma grande pressão de demanda externa, resultante de uma alta dos preços de commodities”, comentou.
Estrago
O professor destaca ainda que há outros componentes apontados no IPC-S que reforçam a disseminação da carestia e o caráter mais estrutural da inflação.
As medições de núcleo avançaram rapidamente nos últimos três meses.
Entre setembro e outubro, o recorte do índice passou de 4,62% para 4,76% (no acumulado de 12 meses).
Em novembro, cresceu para 4,95%.
Juros vão subir
O cenário atual carrega todas as características que sustentam a necessidade de um novo aumento na taxa Selic: inflação em alta, trajetória ascendente dos núcleos e expectativas do mercado se deteriorando.
Para alguns analistas, os juros devem subir já na próxima reunião, em 7 e 8 de dezembro.
Para Élson Teles, da Máxima Asset Management, o Comitê de Política Monetária (Copom) pode aproveitar o próximo encontro para sinalizar a alta e deixar o arrocho para o novo presidente, Alexandre Tombini.
Gabriel Caprioli/Correio Braziliense
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