Parece não ter mais limites a sanha com que o PT se lança sobre a vida privada dos cidadãos brasileiros.
Num Estado policialesco que vai se proliferando sob a gestão Lula, órgãos de governo são sistematicamente usados para investigar e coagir pessoas. Adversários políticos tornaram-se os alvos principais da versão tupiniquim da Gestapo, a polícia política do regime hitlerista.
Salve-se quem puder.
(...)
Tudo somado, resta claríssima uma constatação: nenhum de nós está livre desta escalada de bandidagem.
Mas, para o PT, tudo não passa de armação dos partidos da oposição. É a velha tática do "pega ladrão".
Para os líderes petistas, os culpados são os de sempre: as próprias vítimas.
(...)
Democracia e respeito à lei horrorizam a turma de Dilma. Para eles, o Estado serve para esmagar quem ousa não baixar a cabeça.
Trata-se de uma nova forma de tortura, sutil, mas quase tão perniciosa como os maus tratos físicos impingidos durante a ditadura, como bem definiu Mendonça de Barros.
Estamos diante de um fato estarrecedor, mas mais estarrecedora ainda é a forma como o presidente Lula está lidando com o caso, cujos primeiros atos foram revelados há três meses pela Folha de S. Paulo.
O mínimo que se poderia esperar é que o responsável pela Receita já tivesse sido ejetado do cargo. Mas nada.
Instado a comentar a usina de crimes que se desenrola nos intestinos da Receita, Otacílio Cartaxo limitou-se a manifestar "constrangimento" diante do que considera uma "simples mercantilização de informações sigilosas".
Ah, Cartaxo é o chefe do órgão onde os meus, os seus, os nossos dados fiscais estão armazenados... Se continua no cargo após conformar-se com a desmoralização, é porque a devassa faz parte do jogo armado pelo petismo.
Não satisfeito, o governo tem se dedicado a atrasar as investigações dos crimes o máximo possível. A ordem é ser displicente, como revelou O Estado de S. Paulo.
Nada de chegar aos mandantes; no máximo, apresentar peixes pequenos, como as funcionárias da repartição do Fisco em Mauá onde os crimes foram cometidos. Quem sabe os resultados cheguem - passadas as eleições, evidentemente.
Está evidente que o governo do PT age com a convicção de que a maior fraude já perpetrada na Receita Federal de que se tem conhecimento não será suficiente para alterar o humor eleitoral.
Aposta na despolitização e na desinformação.
Mas os cidadãos já perceberam que, a continuar nessa direção, os próximos a ruir são seus direitos.
Ou se altera já o rumo deste descalabro ou continuará a valer o que Renato Russo berrava ainda em 1978:
"Ninguém respeita a Constituição/Mas todos acreditam no futuro da nação".
Que país é este?
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