Memorial do Fome Zero (foto: André Pessoa)
Concebido pelo presidente Lula, o Programa Fome Zero nasceu em 3 de fevereiro de 2003 num palanque armado na única praça de Guaribas, interior do Piauí.
Morreu dois anos depois sem ter saído do berço, mas nunca teve sepultamento cristão. Ninguém providenciou o velório, o atestado de óbito não foi expedido.
Só existe a certidão de batismo, assinada pelo governador Wellington Dias e por quatro ministros que, na grande festa promovida há sete anos e meio, enxergaram no recém-nascido a cara do Brasil-Maravilha inventado pelo maior goverrnante de todos os tempos.
Depois da discurseira do governador, depois do falatório dos ministros Ciro Gomes (Integração Nacional), Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social), José Graziano (Segurança Alimentar) e Olívio Dutra (Cidades), os quase 5 mil habitantes souberam como seria, no máximo até dezembro de 2006, a vida de quem tivera a sorte de vir ao mundo no lugarejo promovido por Lula a Capital do Fome Zero.
Um vidaço de Primeiro Mundo.
A cidade seria premiada com médicos, um hospital, postos de saúde, uma farmácia, escolas, esgoto, água, luz, telefone, calçamento, um hotel, uma estrada asfaltada de 53 quilômetros, um programa de fortalecimento da agricultura familiar, outro de capacitação profissional.
Quem não ganhasse dinheiro no campo prosperaria na cidade como artesão ou costureira.
Uma empresa do governo, Emgerpi, cuidaria exclusivamente do mundaréu de canteiros de obras.
E administraria com especial carinho p Memorial do Fome Zero, colosso arquitetônico destinado a eternizar a lembrança do dia em que tudo mudou.
Direto ao ponto :Os restos mortais do Fome Zero se espalham pela cidade onde nasceu
Carmelita Rocha (foto: André Pessoa)
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