click na imagem veja e leia os compromissos da "coisa"
Se alguém viu alguma promessa de seriedade na campanha da candidata Dilma Rousseff, esqueça.
Foi uma falha de comunicação.
Ela já negou a intenção de realizar um ajuste fiscal se for eleita.
Desmentiu a notícia publicada um dia antes.
Segundo a mesma reportagem, ela também poderia baixar a meta de inflação.
A fonte da informação divulgada na segunda-feira foi o ex-ministro Antônio Palocci, um dos coordenadores da campanha petista.
O ajuste é desnecessário, disse ontem a candidata, porque a economia cresce, a inflação está sob controle, a relação dívida/PIB está em queda e há um bom volume de reservas internacionais.
Talvez ela acredite nessa história e também esse detalhe é preocupante.
Nenhuma pessoa razoavelmente informada pode estar tranquila em relação às contas públicas.
A dívida pública bruta continua a crescer rapidamente por causa do aumento de compromissos do governo.
Só para reforçar a caixa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram emitidos papéis no valor de R$ 180 bilhões.
Mais títulos serão lançados para a capitalização da Petrobrás.
(...)
A referência ao crescimento econômico seria irrelevante, se não indicasse um critério perverso: para a candidata, assim como para vários de seus ex-colegas de governo, a chave do equilíbrio fiscal é o aumento da receita.
Se a arrecadação cresce, como é normal em fases de prosperidade econômica, as contas públicas vão bem.
Foi esse o padrão seguido em muitos anos: a saída é sempre arrecadar mais, nunca reduzir despesas.
Mas ela ainda faz uma concessão.
Segundo a ex-ministra, nenhum tostão será destinado, em seu governo, a gastos desnecessários.
Se houvesse alguma seriedade nessa promessa, a ministra deveria, caso eleita, rever imediatamente os compromissos assumidos para a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Por quais critérios os gastos federais serão necessários?
O Brasil precisa mesmo gastar em prováveis elefantes brancos e ao mesmo tempo enfrentar os enormes custos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da exploração do pré-sal?
O governo já se dispôs a participar, por meio do BNDES, da construção do trem-bala, um empreendimento de utilidade e de retorno altamente duvidosos, segundo opinião de técnicos.
(...)
Quem apoia esse tipo de política não pode seriamente prometer um controle do uso de recursos públicos.
E quanto pode valer seu compromisso de trabalhar pela reforma tributária e pela racionalização dos impostos, se o seu chefe e mentor continua defendendo uma aberração como o imposto do cheque, a CPMF?
Em sua conversa com a repórter Patrícia Campos Mello, o ex-ministro Palocci mencionou pontos indispensáveis na pauta de qualquer governo sério.
Mas a agenda real da candidata petista, como ela mesma indica, deve ser bem diferente.
Íntegra :
Não era para acreditar
Ela já negou a intenção de realizar um ajuste fiscal se for eleita.
Desmentiu a notícia publicada um dia antes.
Segundo a mesma reportagem, ela também poderia baixar a meta de inflação.
A fonte da informação divulgada na segunda-feira foi o ex-ministro Antônio Palocci, um dos coordenadores da campanha petista.
O ajuste é desnecessário, disse ontem a candidata, porque a economia cresce, a inflação está sob controle, a relação dívida/PIB está em queda e há um bom volume de reservas internacionais.
Talvez ela acredite nessa história e também esse detalhe é preocupante.
Nenhuma pessoa razoavelmente informada pode estar tranquila em relação às contas públicas.
A dívida pública bruta continua a crescer rapidamente por causa do aumento de compromissos do governo.
Só para reforçar a caixa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram emitidos papéis no valor de R$ 180 bilhões.
Mais títulos serão lançados para a capitalização da Petrobrás.
(...)
A referência ao crescimento econômico seria irrelevante, se não indicasse um critério perverso: para a candidata, assim como para vários de seus ex-colegas de governo, a chave do equilíbrio fiscal é o aumento da receita.
Se a arrecadação cresce, como é normal em fases de prosperidade econômica, as contas públicas vão bem.
Foi esse o padrão seguido em muitos anos: a saída é sempre arrecadar mais, nunca reduzir despesas.
Mas ela ainda faz uma concessão.
Segundo a ex-ministra, nenhum tostão será destinado, em seu governo, a gastos desnecessários.
Se houvesse alguma seriedade nessa promessa, a ministra deveria, caso eleita, rever imediatamente os compromissos assumidos para a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Por quais critérios os gastos federais serão necessários?
O Brasil precisa mesmo gastar em prováveis elefantes brancos e ao mesmo tempo enfrentar os enormes custos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da exploração do pré-sal?
O governo já se dispôs a participar, por meio do BNDES, da construção do trem-bala, um empreendimento de utilidade e de retorno altamente duvidosos, segundo opinião de técnicos.
(...)
Quem apoia esse tipo de política não pode seriamente prometer um controle do uso de recursos públicos.
E quanto pode valer seu compromisso de trabalhar pela reforma tributária e pela racionalização dos impostos, se o seu chefe e mentor continua defendendo uma aberração como o imposto do cheque, a CPMF?
Em sua conversa com a repórter Patrícia Campos Mello, o ex-ministro Palocci mencionou pontos indispensáveis na pauta de qualquer governo sério.
Mas a agenda real da candidata petista, como ela mesma indica, deve ser bem diferente.
Íntegra :
Não era para acreditar
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