Dados do IBGE mostram que oito anos de governo Lula não reduziram a calamidade dos indicadores. José Serra, candidato da saúde; Marina Silva, da sustentabilidade, falam pouco do assunto e lutam para sair na foto ao lado de Lula.
O mais relevante numa eleição da perspectiva de um candidato é, evidentemente, ganhar a eleição.
Mas da perspectiva do eleitor, o melhor é que se aproveite o momento para discutir os problemas e tirar dos candidatos compromissos para superá-los.
A oposição tem a obrigação de falar tudo o que não está funcionando, apontar o dedo para todas as feridas.
Para isso é oposição.
Esse debate influenciará as políticas públicas independentemente de quem for eleito.
Se a oposição se amedronta com os índices de popularidade do governante e não pode fazer seu papel, o país é que sai prejudicado.
(...)
José Serra é líder de um partido, o PSDB, que já governou o Brasil por oito anos. Sabe onde foi que o governo atual errou e erra.
Fala pouco desses erros.
Prefere tentar o impossível:
disputar com Dilma a sombra do presidente Lula.
Ora, Lula fez sua escolha, sua candidata é Dilma Rousseff.
Cabe aos outros fazerem oposição.
Marina acerta quando ataca Serra, como fez ao apontar os erros da gestão tucana em São Paulo, no debate da Folha Uol.
Esse é seu papel como alternativa aos dois grupos que já governaram o Brasil.
Erra quando poupa Dilma, sabendo tudo o que sabe.
E erra porque está sonegando uma informação relevante ao eleitor.
Marina nunca exibiria divergências de forma agressiva.
Não é de sua natureza, nem aconselhável.
Mas ser direta, clara e sincera sobre os riscos ambientais que o país corre, ela deveria ser, preservando o seu estilo elegante.
(...)
Em saneamento, tucanos e petistas fizeram pouco, como tenho repetido neste espaço. Nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso e nos quase oito do governo petista, os investimentos em saneamento básico foram baixíssimos.
O Brasil tem dados vergonhosos para provar isso, como o IBGE acaba de divulgar: quase metade do país sem esgoto.
A diferença entre os dois grupos políticos é que o governo Lula fabrica números falsos de investimento, e Dilma, confrontada com os dados verdadeiros, garante que os próximos indicadores serão bons.
(...)
Nos últimos dois anos elevaram-se assustadoramente as ameaças ao projeto econômico que nos trouxe a estabilidade monetária.
O risco não vem do Banco Central, mas sim da ampliação de gastos de custeio, da criação de estatais, da intervenção política nas estatais existentes, da atuação desordenada do BNDES.
Nunca o patrimônio da estabilização, herdado pelo governo Lula, esteve tão ameaçado.
José Serra, do partido que venceu a inflação no Brasil, é incapaz de alertar para esses riscos.
O que é ameaçador nas eleições de 2010 não é a vitória do governo.
O eleitor brasileiro é que tem o poder de, coletivamente, decidir quem é o vencedor, e por esse poder, que emana do povo, se bateram os verdadeiros democratas.
O ameaçador é consolidar políticas imprudentes.
Por isso, a oposição tem que fazer seu papel, sem temer a popularidade do presidente Lula.
Esse tipo de consagração vem e passa.
O país fica.
O mais relevante numa eleição da perspectiva de um candidato é, evidentemente, ganhar a eleição.
Mas da perspectiva do eleitor, o melhor é que se aproveite o momento para discutir os problemas e tirar dos candidatos compromissos para superá-los.
A oposição tem a obrigação de falar tudo o que não está funcionando, apontar o dedo para todas as feridas.
Para isso é oposição.
Esse debate influenciará as políticas públicas independentemente de quem for eleito.
Se a oposição se amedronta com os índices de popularidade do governante e não pode fazer seu papel, o país é que sai prejudicado.
(...)
José Serra é líder de um partido, o PSDB, que já governou o Brasil por oito anos. Sabe onde foi que o governo atual errou e erra.
Fala pouco desses erros.
Prefere tentar o impossível:
disputar com Dilma a sombra do presidente Lula.
Ora, Lula fez sua escolha, sua candidata é Dilma Rousseff.
Cabe aos outros fazerem oposição.
Marina acerta quando ataca Serra, como fez ao apontar os erros da gestão tucana em São Paulo, no debate da Folha Uol.
Esse é seu papel como alternativa aos dois grupos que já governaram o Brasil.
Erra quando poupa Dilma, sabendo tudo o que sabe.
E erra porque está sonegando uma informação relevante ao eleitor.
Marina nunca exibiria divergências de forma agressiva.
Não é de sua natureza, nem aconselhável.
Mas ser direta, clara e sincera sobre os riscos ambientais que o país corre, ela deveria ser, preservando o seu estilo elegante.
(...)
Em saneamento, tucanos e petistas fizeram pouco, como tenho repetido neste espaço. Nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso e nos quase oito do governo petista, os investimentos em saneamento básico foram baixíssimos.
O Brasil tem dados vergonhosos para provar isso, como o IBGE acaba de divulgar: quase metade do país sem esgoto.
A diferença entre os dois grupos políticos é que o governo Lula fabrica números falsos de investimento, e Dilma, confrontada com os dados verdadeiros, garante que os próximos indicadores serão bons.
(...)
Nos últimos dois anos elevaram-se assustadoramente as ameaças ao projeto econômico que nos trouxe a estabilidade monetária.
O risco não vem do Banco Central, mas sim da ampliação de gastos de custeio, da criação de estatais, da intervenção política nas estatais existentes, da atuação desordenada do BNDES.
Nunca o patrimônio da estabilização, herdado pelo governo Lula, esteve tão ameaçado.
José Serra, do partido que venceu a inflação no Brasil, é incapaz de alertar para esses riscos.
O que é ameaçador nas eleições de 2010 não é a vitória do governo.
O eleitor brasileiro é que tem o poder de, coletivamente, decidir quem é o vencedor, e por esse poder, que emana do povo, se bateram os verdadeiros democratas.
O ameaçador é consolidar políticas imprudentes.
Por isso, a oposição tem que fazer seu papel, sem temer a popularidade do presidente Lula.
Esse tipo de consagração vem e passa.
O país fica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário