Published: August 11 2010 20:32 | Last updated: August 11 2010 20:32
Tendo saido ileso da crise financeira , a economia vem crescendo a 9 por cento ao ano. Seu presidente muito popular , Luiz Inácio Lula da Silva , agora em seus últimos meses de mandato, parecia definido para se aposentar com um coro de elogios - até que ele mergulhou nas complicações do petróleo em águas profundas.
Assim como Ícaro viu suas asas de cera derreterem quando voou muito perto do sol, assim o Sr. Lula está arriscando seu legado ao multiplicar controvérsias sobre suas políticas de petróleo.
A outra questão, para o autor, é a segurança. "A explosão do poço Macondo, da BP, em abril, expôs as dificuldades de exploração petroleira em águas profundas", diz.
Situadas a uma profundidade muito maior no Oceano - e bem mais distantes da costa que os poços da BP -, as reservas da Petrobras colocam para a empresa "desafios logísticos" de escala muito mais impressionante, argumenta Gall.
O artigo lembra ainda que a legislaçãco do pré-sal coloca a estatal como operadora única dos campos de petróleo descobertos na área e que os ambiciosos planos da empresa vão requerer investimentos de US$ 224 bilhões no médio prazo.
Para Normal Gall, isso também deve "tirar recursos de outras prioridades", como a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016, a hidrelétrica de Belo Monte e o trem-bala entre Rio e São Paulo
"Se o Brasil não endireitar suas prioridades, Lula pode descobrir em breve que sua reputação está afundando à mesma profundidade que as reservas de petróleo que tanto entusiasmaram seu país".
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